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J.K. Rowling e os Comensais da Morte.

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  Sempre serei contra extrair prazer do sofrimento alheio, seja de quem for, MAS.... a verdade é que feministas como J.K. Rowling¹, atualmente a Frida toda empoderada das TERFs (feministas radicais transexcludentes), jamais entenderam Judith Butler, ou se entenderam, fingiram não entender para promover o marketing sororitário cheirosinho e intelectualmente suicida dos muitos feminismos. Conforme Flor Alcatraz, o feminismo² tem medo de desapegar da categoria mulher, ou, nas palavras de Sonia Correa, a categoria mulher não serve³ mais para a luta feminista.  Esses malabarismos linguísticos são uma maneira fofinha de dizer que mulher tem que acabar, pois mulher é só uma ficção representacional fabricada pelo patriarcado heterossexista com fim de oprimir as classes não normativas. Sendo o caso, o rótulo que sobra para as meninas no desconstruído momento atual é "mulher que menstrua" e "pessoa gestante", pois a categoria mulher propriamente dita está reservada à mulher t

Mão BBBoba

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Em desespero para alavancar a audiência do flopadíssimo BBB23, a Globo alucinou um assédio² para expulsar os brothers Papato e Mc Gourmet. Todos na casa ficaram sem entender a decisão alucinada, inclusive a suposta vítima do assédio, que é que tem lugar de fala para entender alguma coisa. Nesse momento você deve estar pensando que vou sair em defesa dos machos, mas sou uma entidade imprevisível, portanto sairei em defesa de uma fêmea.  Em 2020, Jojo Todynho foi acusada de assédio e importunação bacanal ao enfiar a mão na zona do agrião do cantor Mariano no surreality show¹ A Fazenda. Tais acusações não passam de infames calúnias, pois Jojinho, ao menos nesse episódio, é totalmente inocentinha. Para entender o caso, de início é fundamental observar que ações, assim como palavras, não podem ser julgadas fora do seu contexto, então qual seria o contexto de um reality show? O framing desses programas de alto nível já sabemos qual é: p00lt@aria. Não só os participantes já entram sabendo que

Rola de Valor

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  Amiga, sei que hoje é seu dia, mas como acredito que você deve ter mais experiência nesse assunto do que eu, resolvi pedir ajuda para dar o furo. Preciso que alguém me apresente um empregador que, de forma sistemática, reiterada e motivada por discriminação sexual, comprovadamente pague a mulheres menos do que oferece a homens pelo mesmo cargo, mesma função, mesma área de especialidade, mesmo número de horas trabalhadas, mesma perícia técnica, mesmo nível de produtividade, mesmo tempo de empresa e mesmo todas as outras variáveis conhecidas que alteram a composição remuneratória de assalariados, pró-laborizados, pejoticizados, uberizados e outras formas de transferência de renda entre cisheteromachos patriarcais brancos detentores do capital e proletominas oprimidas da classe trabalhadora interseccional. Ninguém nunca veiculou notícia desse tipo, então se eu conseguir dar esse furo de reportagem é coisa para prêmio Pulitzer. Alienígenas de outras galáxias virão para cá assistir a cobe

The Swap

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  Na imagem da esquerda, vemos a roupa que as meninas usam para praticar esportes quando esperam receber o máximo de atenção masculina possível. Nesse caso, o patriarcado é opressor porque com esse uniforme, por mais que as mulheres se esforcem, recebem pouca atenção dos meninos. Na imagem da direita, vemos o uniforme que as meninas usam para praticar esportes quando não querem atenção masculina em hipótese alguma, já que todo mundo sabe que elas só vão de leguingtop e outros shorts atolados na bunda na academia para se sentir bem. No caso específico desse modelito estilo tomara que ninguém mim look, o patriarcado é tarado porque mulheres recebem atenção em excesso, ainda que tenham feito tudo que é humanamente possível  para não atrair olhares masculinos. Super opressor. Conforme é trivial constatar, algo errado não está certo no universo da moda esportiva feminina. O que sempre recomendo nessas situações é investir na solucionática, porque ficar discutindo problemática é muito proble

Feminilidade Frágil

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  Após encontrar uma parede danificada em um banheiro masculino¹ na Nova Zelândia, o proprietário resolveu cobrir o estrago com uma moldura de quadro e batizar de "Masculinidade Frágil" - Artista Desconhecido. A "obra" viralizou, então tive a ideia de juntar um desses cocôs que feministas defecam na rua para lacrar o chão em protesto contra a falta de coisa melhor pra fazer durante a Marcha das Vaaldjzias, emoldurar e batizar de "Feminilidade Frágil".  Não pretendo de modo algum com esse quadro fazer arte, ativismo ou transmitir alguma mensagem. Assim como o proprietário do banheiro na Nova Zelândia, só o que eu quero é catar like com alguma caquinha qualquer, dessas que todo mundo fica clicando nas redes sociais.  O fato é que o mundo se transforma cada vez mais rápido, então essa "obra" no banheiro masculino, emoldurada em 2018, não é compatível com os padrões de diversidade, equidade e inclusividade requeridos hoje, portanto não envelheceu mui

I AM WAR MACHINE

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 Nem tudo é tudismo cultural, mas blackface definitivamente entra no grupo das palavras cujo sentido vai se perdendo com o abuso, para no fim se transformar em coisa que significa qualquer coisa, o que invariavelmente faz com que signifique nenhuma coisa. No futuro, podemos então prever, tudo, será blackface. Não chegamos lá ainda, o que não é exatamente um problema, pois independente do que você estiver fazendo, se alguém se ofendeu, aquilo é racismo. Caso ninguém tenha se ofendido, também, pois é possível que alguém vá se ofender no futuro. É o que ocorreu com Robert Downey Jr. - que Odin o tenha - que se negou a pedir desculpas por seu papel em Tropic Thunder (2008), em que interpreta um ator que se traveste de negro para interpretar um filme. Impossibilitados de extrair uma retratação de RDJ, cancelocratas pressionaram Ben Stiller², que dirigiu e atuou no filme, também sem sucesso. O fato é que não há nada a retratar, pois o que caracteriza o blackface é o ato de se fantasiar de ne

Etimologia do Lacre

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  Lacração é gíria que uso por falta de alternativas, já que a palavra está tão deformada pelo uso corrente na cultura que já não significa coisa alguma. O vocábulo foi na realidade engolido pelo vórtice político-ideológico do tudismo cultural, e serve hoje, quando muito, para sinalizar conformidade tribal na polarizosfera.  Em outras palavras, quando algo que o polarizominion não entende nem faz questão de entender se assemelha ainda que remotamente a algo que não deveria pertencer à sua bolha ideológica, aí é lacre. Não, não é, querido, já que tudo que eu não gosto é lacração é Tiburismo reverso, o outro lado da moeda da luta contra o turbotecnomachonazifascismo. Definitivamente não é minha intenção ao usar essa ou qualquer outra palavra, já que meu objetivo último ao apontar, criticar ou zoar alguma coisa é, e sempre foi, o de escurecer, jamais esclarecer. Lacrei?  Pensando no dilema do arrombamento semântico desse colóquio, ou por que não dizer, colácrio, resolvi fazer um breve est

Coswoke X Cosplay

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 Lacradores e lacradores reversos já estão competindo nas redes sociais para decidir quem passa mais vergonha falando asneira sobre a nova Supergirl. Há vários por aí inclusive afirmando que ela é woke porque criaram uma versão masculina do Superman para lacrar. Páreo duríssimo, então está difícil saber quem vai levar o troféu Jumento Digital do Millennium essa semana.  Incialmente devemos observar que não é possível não gostar da nova Supergirl sem ser acusado de algum ismo. Sendo o caso, podemos usar meu método Lacre for Dummies para saber com segurança que lacrou sem nem mesmo olhar o trailer ou analisar qualquer outro dado adicional. Isso coloca uma pá de sal no assunto, mas como meu objetivo sempre foi empanar com cal, tentarei adicionar a essa discussão o que falta nas discussões do mundo moderno: nuance.  Nuance é como ereção meia-bomba. Está duro e não está, adianta e não adianta, brochou e não brochou, mas como nem toda pessoa é portadora de penes como eu, tentarei explicar nu

A Fantasia do Zezé

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  O Carnaval está chegando, e esse ano, novamente, a fantasia da moda é a de jumento. Sua popularidade é compreensível, visto que ela está alinhada com os valores e anseios intelectuais da cultura vigente, que incentiva as pessoas a repetir discursos que somente um asno falante seria capaz de reproduzir com fim de sinalizar virtude e conformidade tribal. A tendência é problemática, pois fabrica vários dilemas filosóficos politicamente incorretos a serem solucionados. Seria o indivíduo desfilando no bloco dos jegues um jumento de fato ou estaria ele apenas fantasiado? Fantasiar-se de jumento é metafisicamente possível para um jumento ou só o que ele consegue com uma fantasia de jumento é ser tão jumento quanto um jumento sem fantasia? Pessoas que não são jumentos fantasiadas de jumento ofendem as diversas identidades e existências jumentas? Indivíduos que entendem que fantasia de jumento ofende as identidades e existências jumentas estariam defendendo seus próprios direitos ou os de ter

P00lt@, Peeraña e Gaboond@

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  Há muito já passou a época de cancelar a ideia de que palavras como p00lt@, peeraña e gaboond@¹ são ofensas. Aliás, quando mulheres aceitam tais coisas como insultos, estão na realidade reproduzindo atitudes machistas e exibindo o que chamamos de misoginia introjetada. A insistência em entender tom pejorativo nesses vocábulos apenas reforça preconceitos patriarcais historicamente arraigados, o que constitui obstáculo na trajetória de emancipação feminina e na liberação sexual plena da mulher na sociedade. Para ilustrar meu ponto, vou contar um conto. Trata-se de uma história de amor verídica que ocorreu comigo há muitos anos. Com fim de garantir o sigilo da menina que protagonizou a cena comigo, não usarei seu nome verdadeiro, e irei chamá-la aqui apenas de Dzjia, Valdisneia Dzjia. Val, para os íntimos. Val, além de namoradinha de um amigo meu, era uma serial cheater. Já havia chifrado meu amigo com a maioria dos outros amigos da turma e não dava sinais de que aquele rodo tinha freio