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Fonte de Desinformação

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  Vários jornalistas estão replicando a ideia de que Alexandre de Moraes está mandando as Big Techs removerem conteúdo que postaram sobre o PL das Fake News porque o material é fake news. Isso é fake news. Não faleço de amores pelo Xandão nem pelo PL das Fake News, mas defendo o princípio de que não devemos atolar no dos outros aquilo que não desejamos ver atolado no nosso. Tal critério encontra exceção recepcionada apenas nas ocasiões em que o atolamento é precedido de consentimento informado verbal e efusivo. Em sua decisão¹ que manda remover textos do blog oficial do Google que criticavam o PL das Fake News, Moraes deixa escuro com grau pornográfico de explicitude o que pensa da veiculação de informações falsas no contexto da liberdade de expressão garantida pela Constituição brasileira:  "O direito fundamental à liberdade de expressão, portanto, não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras..." Xandão também deixa explícito que não há óbice em u

O Rockenrou

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  Há dez anos fiz uma foto para o dia das mulheres. A ideia era criar uma imagem por ano no dia delas, sempre tendo uma flor como motivo. Logo em seguida saiu nas redes sociais a campanha do não me dê flores, me dê respeito, então fui obrigado a abortar minha série Wonder Flower e pedir perdão a Frida por ter nascido com aquilo que balança. Ainda bem. Esse negócio de tirar foto de flor dá muito trabalho para o prazer que proporciona, então graças à Deusa é machismo, misoginia, racismo, homofobia, fascismo e atentado ao Estado Democrático de Direito. Hoje, entretanto, não é dia das mulheres, mas das mães, portanto não preciso dar respeito a ninguém. Estou dispensado dessa obrigação não só porque não sou obrigado a nada, mas porque respeito para minha mãe eu sempre dei, até porque quando não dava, a chinela cantava.  Por falar em cantava, Rita Lee decidiu¹ nesse 08 de maio de 2023 que não vai cantar mais. Lee, além de vó e rainha, foi também mãe do rock, então não creio que ela acreditas

Pálido Ponto Azul

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  Décadas atrás, antes da Tudo é Pill, das redes sociais, dos iGadgets e da World Woke Web, parei na frente de um mapa em um shopping center que continha a seguinte informação: você está aqui. Imediatamente me perguntei como o mapa sabia que eu estava ali. Seria aquilo uma tecnologia nova, alguma mágica, vudu, talvez assombração? Um calafrio me percorreu a espinha. Foi um momento quase místico, que durou cerca de alguns centésimos de segundo, o tempo necessário para que eu entendesse o que realmente estava ocorrendo.  O que estava ocorrendo é que sou meio lento, mas como não estava com pressa, não me atrasei. Desde aquele dia tenho me ocupado de saber onde estou, qual é o meu lugar. Onde estaria eu na sociedade, na história ou entre os humanos? Onde estou na árvore da vida, nos milhões de anos de evolução que me trouxeram até aqui? Qual meu lugar no planeta ou mesmo no universo? Saber o seu lugar no Cosmos já foi algo de fundamental importância, mas hoje é só uma coisa que um app de ce

ChatGPTinho

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  É lamentável observar que debater feminismo com uma máquina é a primeira ideia que vários indivíduos têm ao interagir com uma inteligência artificial de proporções disruptivas como o ChatGPT. Isso demonstra, na melhor das hipóteses, falta de criatividade. O chatbot¹ da OpenAI não só possivelmente é o embrião da SkyNet, como a entidade mais culta que já existiu, pois foi treinado com uma base massiva de texto que provavelmente abarca todo o conhecimento já produzido pela humanidade. Não por outra razão, a primeira coisa que fiz quando obtive acesso ao chat da OpenAI foi debater feminismo com a máquina. Maldosos dirão que estou me contradizendo, mas o fato é que nunca entro em debates online apenas por debater. Sempre há algo por trás, nem que seja por trás do indivíduo que não sabe que vai sentar na jaca e registrar sua vergonha para a posteridade. No caso do ChatGPT, o objetivo é verificar se a máquina é capaz de passar no teste de Turing, o Santo Graal da inteligência artificial. É

Nova Ponderação

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  Pondé depois que disse que feminista não entende de sexo não precisaria produzir mais nada, pois isso já é pérola suficiente para uma carreira de sucesso. Com bem menos que isso hoje em dia você monta um canal no Youtube, diz que é redfiu e faz sucesso vendendo coaching de masculinidade construída como alternativa aos cursos de desconstrução da masculinidade. Não tenho nada contra coaches, mas sempre desconfiei desse negócio de homem querendo ensinar a outros homens como ser homem de verdade.  Não satisfeito em denunciar a falta de intimidade com sexo de feministas, Pondé agora apareceu com outra pérola¹: homem de verdade, de acordo com feministas, não pode gostar de mulher, pois gostar de mulher é masculinidade tóxica. Esse negócio de homem de verdade já é confuso, então a coisa fica mais confusa na versão homem de verdade feminista. Jamais esperei outra coisa, evidentemente. A verdade de verdade é que esse papinho de que macho hetero faz força para gostar de mulher é fake news. Na

Campari Pill

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  Ameaçar mulher com processo ou bala¹ como fez Thiago Schutz, o Calvo do Campari, é o típico erro insanável, daqueles que se tornam mais inexplicáveis cada vez que você tenta explicá-los. Certas coisas não têm conserto, mas como já dizia o velho deitado, se a vida te dá um Campari, você faz uma camparonada, portanto há várias lições que podemos extrair desse etílico episódio. A primeira e mais importante é entender o quanto é importante não ser pato. Se você um dia sentir aquela vontade irresistível de ser pato fazendo prova por escrito contra si mesmo de que você é pato, resista. Não sei por que as coisas são assim, só sei que são assim, então não adianta reclamar comigo ou tentar me passar o mansplaining. Não faço as regras, sou só o boy do recado. O fato é que odeio odiar coisas, mas se há algo que eu particularmente odeio é o espírito de abutre da cultura atual. Schutz virou meme padrão Globo de viralização, e há uma turba de carniceiros ridicularizando e demonizando tudo que ele

Free Pussy

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  Uma das notícias que a QNN poderia dar no primeiro de abril é que a sexualidade feminina é tabu. Seria o tipo de manchete em que os incautos iriam se perguntar se é sério que estou brincando ou estou brincando que é sério. Não só mulheres têm programas na TV para falar sobre sexualidade feminina, como há uma profusão de artigos na mídia mainstream com detalhes pornográficos sobre a sexualidade da mulher com ênfase em técnicas de siririca e vibradores. É tanto tabu em torno do assunto que Sabrina Sato¹ já foi no programa Xana Justa falar sobre sua coleção de mais de 40 homens mínimos de silicone.  Experimente agora ir para a TV dizer que tem uma única e humilde Power Shana X3000 Plãs, com buraco xerescópico aquecido de nove velocidades, três frequências de sucção, controle via app com entradas firewire, usb, usb-c, lightninig e HDMI, além das convenientes conexões para pinto standard, chupisco e porta dos fundos. Desconfio que isso não vai agradar aos patrocinadores. Por falar em Powe

50 Tons de Lacre

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  Vitimismo identitário nem sempre é simples de detectar, até porque não há binário vitimista. Temos um espectro de 50 Tons de Lacre que transitam em um gradiente que vai do claramente mimimi até o escuramente opressão. De acordo¹ com estudo citado pela NBC News, 25% das mulheres negras dizem que tiveram emprego negado em razão do cabelo, mas como o objetivo é promover a vitimização racial da mulher negra, não há informação sobre quantos homens negros ou pessoas de outras etnias tiveram emprego negado em razão da cabeleira. O que podemos saber com certeza é que se o motivo de negativa de emprego é o cabelo, não há que se falar em preconceito racial.   Tive cabelo comprido na adolescência, e sabia que conseguir emprego era absolutamente inviável com aquele look, então decidi cortar, até porque cabelo comprido naquela época era visto como uma coisa escrota, praticamente um repelente de piriguete. Assim que cortei saiu Entrevista com o Vampiro, onde Brad Pitt e Tom Cruise apareciam de cab

Mimimi Religioso

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  Há pessoas que a gente enxerga e imediatamente percebe que são diferenciadas, iluminadas, destinadas a grandes realizações. Assim que enxerguei Key Alves no BBB23, não tive dúvidas: Key não é esse tipo de pessoa. Ok, a menina revelou que mentiu sobre o quanto ganha no OnlyFans para enganar o gado clicador de bunda e já foi foodie caller, daquelas que saem com homens só para comer, mas não posso julgá-la. Embora jamais tenha mentido sobre meus lucros no OnlyFans, com certeza já saí com mulheres só pra comer. Isso não me impede de reconhecer que a sister¹ teve seu momento de glória quando Fred Nicácio mais uma vez tentou capitalizar seu victimcard e surtou um delírio sobre racismo religioso. Key não se amedrontou e protagonizou o primeiro antilacre da história do BBB ao explicar a Fred que nenhum racismo ocorreu, e que o brother não passa de um aproveitador querendo se vitimizar. Para se defender de acusações de racismo, Key informou ainda que tem sangue negro e que sua avó é negra.  N

J.K. Rowling e os Comensais da Morte.

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  Sempre serei contra extrair prazer do sofrimento alheio, seja de quem for, MAS.... a verdade é que feministas como J.K. Rowling¹, atualmente a Frida toda empoderada das TERFs (feministas radicais transexcludentes), jamais entenderam Judith Butler, ou se entenderam, fingiram não entender para promover o marketing sororitário cheirosinho e intelectualmente suicida dos muitos feminismos. Conforme Flor Alcatraz, o feminismo² tem medo de desapegar da categoria mulher, ou, nas palavras de Sonia Correa, a categoria mulher não serve³ mais para a luta feminista.  Esses malabarismos linguísticos são uma maneira fofinha de dizer que mulher tem que acabar, pois mulher é só uma ficção representacional fabricada pelo patriarcado heterossexista com fim de oprimir as classes não normativas. Sendo o caso, o rótulo que sobra para as meninas no desconstruído momento atual é "mulher que menstrua" e "pessoa gestante", pois a categoria mulher propriamente dita está reservada à mulher t