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Mostrando postagens de setembro, 2021

Pink, Freire & Floyd

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  Óbvio Karnal andou esses dias pedindo para ler ao menos dois livros do Paulo Freire antes de abrir a boca, pois críticos e tietes de Freire nunca o leram. Errado não está, mas certo muito menos. Esse careca dá várias dentro, mas volta e meia dá na trave. Isso é normal. Quem nunca deu com o careca na trave, que atire o primeiro cabelo. Não existe isso de isso de ler pensador importante no original. Você entende do assunto que o autor abordou? Sabe quais obras dele são relevantes? Entende o contexto histórico, filosófico e cultural que o levou a escrever o que é relevante? Entende as ideias passadas que o influenciaram? Não? Então você entende o quê, criatura de Frida? Ler o autor no original só irá lesionar seu cerebrinho, e você vai sair por aí feito zumbi falando bobagens do tipo "você leu os livros do Fulano?". Não pague esse mico jamais. É só ler uns artigos de alguém que leu Fulano e fez uma síntese do seu pensamento. Pronto, resolvido. Caso seja acometido por um desejo

Papinha é Tudo de Bom

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  Rita Lee pra mim é mãe. Ela e outros boomers são da turma de malucos beleza que esculpiram a cabeça da minha geração. Hoje a mamãe é vovó, e a vovó, tadinha, tá gagá. Lee começou carreira como chaveirinho dos Mutantes. Ninguém dava valor pra ela na banda, possivelmente porque na época ela fosse de fato um serzinho improvável. Mamãe era uma mulher de sorte, pois quando os Mutantes acabaram, não havia redes sociais. Se já existissem, mamãe talvez tivesse criado a página Rita Indelicada para fazer carreira postando memes de macho que não acha o clitóris, reclamando de masculinidade frágil, dizendo que o patriarcado é opressor e que ninguém dá valor a mulheres porque elas são mulheres. Ninguém nunca disse para a mamãe que o the future is female, ela também não sabia ficar de mimimi, então a única alternativa que lhe restou foi enfiar o violão no saco, cair na estrada e virar rainha do rock brazuca, quarto lugar em vendagem de discos no Brasil, atrás somente de Tonico & Tinoco, Robert

A Fazenda do Borel

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Homens negros dentro do Black Lives Matter fazem tudo o que as feministas negras mandam, como por exemplo, dizer que são vítimas de violência urbana por causa de racismo. São garotos propaganda de um sistema que fabricará políticas raciais afirmativas cujo alvo prioritário, evidentemente, será a mulher negra, que é alvo minoritário de violência urbana e está melhor que o homem negro na maioria dos indicadores sociais, como por exemplo, escolaridade. Mulheres sofrem menos evasão escolar e são maioria nas universidades, mas a diferença é mais pronunciada entre negros. Escuro que na hora de resolver o problema produzindo a tal de justiça social, quem é escolhido para ser âncora da rede Engodo é uma mulher negra.  Nessa hora o sujeito pode pegar sua carteirinha do BLM e não vou nem dizer o que fazer com essa encrenca. Não porque tenho medo de ser acusado de alguma coisa por ser politicamente incorreto, mas porque sinceramente não saberia dizer para que isso serve ao homem negro além de pro

O Drama da Solidão Teórica

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  Há uma profusão de pesquisas feministas realizadas para consolar mulheres solitárias e convencê-las de que sua solidão é culpa dos homens. É o caso desse estudo¹ sobre o que homens reportam valorizar em uma mulher em teoria com o que eles reportam valorizar na prática, típico paper produzido para ser analisado e dissecado por mulheres inteligentes naqueles momentos de solidão. As restantes podem ler somente a matéria² do El País, onde o estudo é citado, pois já está bom. Ajuda naquelas horas em que a piriguete precisa se convencer de que está sozinha pois é culta, inteligente e com opinião formada demais sobre tudo. Em teoria, homens e mulheres reportam achar desejável em parceiros românticos características acima das suas, como beleza, inteligência, etc. Na prática, isso só funciona com meninas, pois meninos arrepiam o cabelo perto de mulheres que estão acima de onde seu tico alcança. Em teoria também, esse estudo acha que está medindo machismo. Que outra coisa você esperava que um

Cinquenta e mais

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  As mulheres das gerações Z e Y estão bastante transformadas, e para pior. Definitivamente diferentes das Gen X, e irreconhecíveis se comparadas às da geração boomer e anteriores, então é mais que justo reconhecer que o homem atual está soterrado de razão ao observar que a maré não está para piranha, que dirá peixe. Sereia, então, nem pensar. Resolvi então realizar um estudo de capivarologia arqueológica avançada para comparar passado e presente em um site de mulheres da minha geração, as Gen X, hoje em torno dos cinquenta e mais, talvez menos, vai depender do estado da carroceria ou de qual idade a tia está mentindo que tem.  Topei de cara com um artigo¹ que critica a consultora de moda Carolina Herrera, uma boomer, por dizer que mulher de cabelo longo depois dos quarenta não tem classe. Pelo que entendi, a mulher Gen X não aceita mais a imposição de regras nem de cabelo, nem de roupas, algo que a obsoleta Herrera parece não ter entendido. Na sequência observei no mesmo site outro ar

O Lado Moleque da Força

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  É f0d@ o eco das maduras mulheres modernas, que ecoam como princesinhas mimadas nas redes sua insatisfação com a exigência biológico-patriarcal machista de amadurecer antes, já que se a suposta exigência fosse amadurecer depois, estariam chorando, também como princesinhas mimadas que são, que isso é uma exigência patriarcal machista e misógina que infantiliza e atrasa o desenvolvimento das oprimidas meninas. A mania de passar catando cabelo em ovo e chorando por frivolidades, ou chorar quando ganha bico para depois chorar porque ficou sem bico, típico da mulher millennial, é bastante infantil. Essa infantilização é com certeza cultural, pois ninguém se atreveria a ensinar às mulheres das gerações passadas que esse jeitinho charmoso de ser é aceitável para um adulto. Qualquer homem hoje agindo dessa maneira seria imediatamente rotulado como crianção chorão, já que tais comportamentos são infantis até mesmo para o infantilizado padrão da geração millennial. Negar a realidade biológica

Eva viu a Uva

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  Conforme nos ensina Paulo Freire, patrono da educação brasileira, que estaria completando um século de idade este ano, não basta saber ler que "Eva viu a uva". É preciso compreender qual posição Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva, e quem lucra com esse trabalho. Eu, moléstia parte devo dizer, tive uma educação libertadora calcada no desenvolvimento do pensamento crítico em um colégio da elite econômica, que, embora não fosse público e gratuito, era de qualidade, além de não afastar-se em substância dos fundamentos da rede pública de ensino senão por disponibilidade de recursos docentes e discentes.  Quando entrei na universidade, agora sim pública, gratuita e de qualidade, foi a mesma coisa, só que turbo. Possivelmente nada dessa estrutura que tive a sorte de usufruir ainda existe, então os sonhos de educação libertadora de Freire foram transformados em pesadelo, ironicamente pela elite oligárquica dominante que adora citar seu nome para em

Esquerdomachos, meliorem!

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  Esquerdominologia é a área do conhecimento humano que estuda esquerdominas, suas esquerdominagens e sua tensa e neurótica relação com esquerdomachos, razão pela qual o artigo¹ de Maria Frô para a revista Forum é de fundamental importância para o esquerdominólogo. Ele contém um resumo bastante abrangente de informações que podem ser usadas para penetrar na conturbada e curto-circuitada esquerdopsique da esquerdofêmea sem consentimento, algo que obviamente ela irá considerar violência sexual, já que tudo para a esquerdomina, ao que parece, não só é violência do patriarcado cisheteronormativo, como tem conotações sexuais.  De acordo com Márcia Tiburi, a esquerdomina esquerdomaster da esquerdominagem brazuca, há muitos feminismos, mas feminismo de direita não é feminismo pois não é de esquerda. Como sabemos, feminismo existe para dar voz às mulheres, desde que elas sejam feministas, de esquerda e pertençam à vertente que a esquerdomina endossa. Todas as restantes devem ser caladas, dimin

Você sabe fantasiar violência contra a mulher na política?

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  Os comerciais que as redes de destelevisão andam veiculando estão cada vez mais desconstruídos, mas há um em que Jamila Quitanga ensina a identificar violência contra mulheres na política¹ que é com certeza um clássico. Nada mais feminista, aliás, do que ensinar a opinião pública a reconhecer violência contra mulheres. Isso é muito importante, pois a mulher que sofreu a violência pode não saber que é uma vítima por não estar atualizada com a última edição da cartilha de vitimização da patrulha, que periodicamente adultera termos e redefine a realidade com fim de fabricar violência contra a mulher via ginástica semântica, uma atividade que seria totalmente desnecessária se a sociedade de fato fosse violenta contra mulheres. Já nos primeiros segundos do comercial assistimos a uma tia pós the wall desfilando na passarela do Congresso enquanto é alvo de violentos olhares de dois parlamentares. Não contar a verdade a mulheres é algo que considero violência de gênero, então, ironicamente,