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Mostrando postagens de abril, 2023

Pálido Ponto Azul

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  Décadas atrás, antes da Tudo é Pill, das redes sociais, dos iGadgets e da World Woke Web, parei na frente de um mapa em um shopping center que continha a seguinte informação: você está aqui. Imediatamente me perguntei como o mapa sabia que eu estava ali. Seria aquilo uma tecnologia nova, alguma mágica, vudu, talvez assombração? Um calafrio me percorreu a espinha. Foi um momento quase místico, que durou cerca de alguns centésimos de segundo, o tempo necessário para que eu entendesse o que realmente estava ocorrendo.  O que estava ocorrendo é que sou meio lento, mas como não estava com pressa, não me atrasei. Desde aquele dia tenho me ocupado de saber onde estou, qual é o meu lugar. Onde estaria eu na sociedade, na história ou entre os humanos? Onde estou na árvore da vida, nos milhões de anos de evolução que me trouxeram até aqui? Qual meu lugar no planeta ou mesmo no universo? Saber o seu lugar no Cosmos já foi algo de fundamental importância, mas hoje é só uma coisa que um app de ce

ChatGPTinho

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  É lamentável observar que debater feminismo com uma máquina é a primeira ideia que vários indivíduos têm ao interagir com uma inteligência artificial de proporções disruptivas como o ChatGPT. Isso demonstra, na melhor das hipóteses, falta de criatividade. O chatbot¹ da OpenAI não só possivelmente é o embrião da SkyNet, como a entidade mais culta que já existiu, pois foi treinado com uma base massiva de texto que provavelmente abarca todo o conhecimento já produzido pela humanidade. Não por outra razão, a primeira coisa que fiz quando obtive acesso ao chat da OpenAI foi debater feminismo com a máquina. Maldosos dirão que estou me contradizendo, mas o fato é que nunca entro em debates online apenas por debater. Sempre há algo por trás, nem que seja por trás do indivíduo que não sabe que vai sentar na jaca e registrar sua vergonha para a posteridade. No caso do ChatGPT, o objetivo é verificar se a máquina é capaz de passar no teste de Turing, o Santo Graal da inteligência artificial. É

Nova Ponderação

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  Pondé depois que disse que feminista não entende de sexo não precisaria produzir mais nada, pois isso já é pérola suficiente para uma carreira de sucesso. Com bem menos que isso hoje em dia você monta um canal no Youtube, diz que é redfiu e faz sucesso vendendo coaching de masculinidade construída como alternativa aos cursos de desconstrução da masculinidade. Não tenho nada contra coaches, mas sempre desconfiei desse negócio de homem querendo ensinar a outros homens como ser homem de verdade.  Não satisfeito em denunciar a falta de intimidade com sexo de feministas, Pondé agora apareceu com outra pérola¹: homem de verdade, de acordo com feministas, não pode gostar de mulher, pois gostar de mulher é masculinidade tóxica. Esse negócio de homem de verdade já é confuso, então a coisa fica mais confusa na versão homem de verdade feminista. Jamais esperei outra coisa, evidentemente. A verdade de verdade é que esse papinho de que macho hetero faz força para gostar de mulher é fake news. Na

Campari Pill

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  Ameaçar mulher com processo ou bala¹ como fez Thiago Schutz, o Calvo do Campari, é o típico erro insanável, daqueles que se tornam mais inexplicáveis cada vez que você tenta explicá-los. Certas coisas não têm conserto, mas como já dizia o velho deitado, se a vida te dá um Campari, você faz uma camparonada, portanto há várias lições que podemos extrair desse etílico episódio. A primeira e mais importante é entender o quanto é importante não ser pato. Se você um dia sentir aquela vontade irresistível de ser pato fazendo prova por escrito contra si mesmo de que você é pato, resista. Não sei por que as coisas são assim, só sei que são assim, então não adianta reclamar comigo ou tentar me passar o mansplaining. Não faço as regras, sou só o boy do recado. O fato é que odeio odiar coisas, mas se há algo que eu particularmente odeio é o espírito de abutre da cultura atual. Schutz virou meme padrão Globo de viralização, e há uma turba de carniceiros ridicularizando e demonizando tudo que ele

Free Pussy

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  Uma das notícias que a QNN poderia dar no primeiro de abril é que a sexualidade feminina é tabu. Seria o tipo de manchete em que os incautos iriam se perguntar se é sério que estou brincando ou estou brincando que é sério. Não só mulheres têm programas na TV para falar sobre sexualidade feminina, como há uma profusão de artigos na mídia mainstream com detalhes pornográficos sobre a sexualidade da mulher com ênfase em técnicas de siririca e vibradores. É tanto tabu em torno do assunto que Sabrina Sato¹ já foi no programa Xana Justa falar sobre sua coleção de mais de 40 homens mínimos de silicone.  Experimente agora ir para a TV dizer que tem uma única e humilde Power Shana X3000 Plãs, com buraco xerescópico aquecido de nove velocidades, três frequências de sucção, controle via app com entradas firewire, usb, usb-c, lightninig e HDMI, além das convenientes conexões para pinto standard, chupisco e porta dos fundos. Desconfio que isso não vai agradar aos patrocinadores. Por falar em Powe