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Mostrando postagens de março, 2023

50 Tons de Lacre

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  Vitimismo identitário nem sempre é simples de detectar, até porque não há binário vitimista. Temos um espectro de 50 Tons de Lacre que transitam em um gradiente que vai do claramente mimimi até o escuramente opressão. De acordo¹ com estudo citado pela NBC News, 25% das mulheres negras dizem que tiveram emprego negado em razão do cabelo, mas como o objetivo é promover a vitimização racial da mulher negra, não há informação sobre quantos homens negros ou pessoas de outras etnias tiveram emprego negado em razão da cabeleira. O que podemos saber com certeza é que se o motivo de negativa de emprego é o cabelo, não há que se falar em preconceito racial.   Tive cabelo comprido na adolescência, e sabia que conseguir emprego era absolutamente inviável com aquele look, então decidi cortar, até porque cabelo comprido naquela época era visto como uma coisa escrota, praticamente um repelente de piriguete. Assim que cortei saiu Entrevista com o Vampiro, onde Brad Pitt e Tom Cruise apareciam de cab

Mimimi Religioso

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  Há pessoas que a gente enxerga e imediatamente percebe que são diferenciadas, iluminadas, destinadas a grandes realizações. Assim que enxerguei Key Alves no BBB23, não tive dúvidas: Key não é esse tipo de pessoa. Ok, a menina revelou que mentiu sobre o quanto ganha no OnlyFans para enganar o gado clicador de bunda e já foi foodie caller, daquelas que saem com homens só para comer, mas não posso julgá-la. Embora jamais tenha mentido sobre meus lucros no OnlyFans, com certeza já saí com mulheres só pra comer. Isso não me impede de reconhecer que a sister¹ teve seu momento de glória quando Fred Nicácio mais uma vez tentou capitalizar seu victimcard e surtou um delírio sobre racismo religioso. Key não se amedrontou e protagonizou o primeiro antilacre da história do BBB ao explicar a Fred que nenhum racismo ocorreu, e que o brother não passa de um aproveitador querendo se vitimizar. Para se defender de acusações de racismo, Key informou ainda que tem sangue negro e que sua avó é negra.  N

J.K. Rowling e os Comensais da Morte.

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  Sempre serei contra extrair prazer do sofrimento alheio, seja de quem for, MAS.... a verdade é que feministas como J.K. Rowling¹, atualmente a Frida toda empoderada das TERFs (feministas radicais transexcludentes), jamais entenderam Judith Butler, ou se entenderam, fingiram não entender para promover o marketing sororitário cheirosinho e intelectualmente suicida dos muitos feminismos. Conforme Flor Alcatraz, o feminismo² tem medo de desapegar da categoria mulher, ou, nas palavras de Sonia Correa, a categoria mulher não serve³ mais para a luta feminista.  Esses malabarismos linguísticos são uma maneira fofinha de dizer que mulher tem que acabar, pois mulher é só uma ficção representacional fabricada pelo patriarcado heterossexista com fim de oprimir as classes não normativas. Sendo o caso, o rótulo que sobra para as meninas no desconstruído momento atual é "mulher que menstrua" e "pessoa gestante", pois a categoria mulher propriamente dita está reservada à mulher t

Mão BBBoba

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Em desespero para alavancar a audiência do flopadíssimo BBB23, a Globo alucinou um assédio² para expulsar os brothers Papato e Mc Gourmet. Todos na casa ficaram sem entender a decisão alucinada, inclusive a suposta vítima do assédio, que é que tem lugar de fala para entender alguma coisa. Nesse momento você deve estar pensando que vou sair em defesa dos machos, mas sou uma entidade imprevisível, portanto sairei em defesa de uma fêmea.  Em 2020, Jojo Todynho foi acusada de assédio e importunação bacanal ao enfiar a mão na zona do agrião do cantor Mariano no surreality show¹ A Fazenda. Tais acusações não passam de infames calúnias, pois Jojinho, ao menos nesse episódio, é totalmente inocentinha. Para entender o caso, de início é fundamental observar que ações, assim como palavras, não podem ser julgadas fora do seu contexto, então qual seria o contexto de um reality show? O framing desses programas de alto nível já sabemos qual é: p00lt@aria. Não só os participantes já entram sabendo que

Rola de Valor

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  Amiga, sei que hoje é seu dia, mas como acredito que você deve ter mais experiência nesse assunto do que eu, resolvi pedir ajuda para dar o furo. Preciso que alguém me apresente um empregador que, de forma sistemática, reiterada e motivada por discriminação sexual, comprovadamente pague a mulheres menos do que oferece a homens pelo mesmo cargo, mesma função, mesma área de especialidade, mesmo número de horas trabalhadas, mesma perícia técnica, mesmo nível de produtividade, mesmo tempo de empresa e mesmo todas as outras variáveis conhecidas que alteram a composição remuneratória de assalariados, pró-laborizados, pejoticizados, uberizados e outras formas de transferência de renda entre cisheteromachos patriarcais brancos detentores do capital e proletominas oprimidas da classe trabalhadora interseccional. Ninguém nunca veiculou notícia desse tipo, então se eu conseguir dar esse furo de reportagem é coisa para prêmio Pulitzer. Alienígenas de outras galáxias virão para cá assistir a cobe

The Swap

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  Na imagem da esquerda, vemos a roupa que as meninas usam para praticar esportes quando esperam receber o máximo de atenção masculina possível. Nesse caso, o patriarcado é opressor porque com esse uniforme, por mais que as mulheres se esforcem, recebem pouca atenção dos meninos. Na imagem da direita, vemos o uniforme que as meninas usam para praticar esportes quando não querem atenção masculina em hipótese alguma, já que todo mundo sabe que elas só vão de leguingtop e outros shorts atolados na bunda na academia para se sentir bem. No caso específico desse modelito estilo tomara que ninguém mim look, o patriarcado é tarado porque mulheres recebem atenção em excesso, ainda que tenham feito tudo que é humanamente possível  para não atrair olhares masculinos. Super opressor. Conforme é trivial constatar, algo errado não está certo no universo da moda esportiva feminina. O que sempre recomendo nessas situações é investir na solucionática, porque ficar discutindo problemática é muito proble

Feminilidade Frágil

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  Após encontrar uma parede danificada em um banheiro masculino¹ na Nova Zelândia, o proprietário resolveu cobrir o estrago com uma moldura de quadro e batizar de "Masculinidade Frágil" - Artista Desconhecido. A "obra" viralizou, então tive a ideia de juntar um desses cocôs que feministas defecam na rua para lacrar o chão em protesto contra a falta de coisa melhor pra fazer durante a Marcha das Vaaldjzias, emoldurar e batizar de "Feminilidade Frágil".  Não pretendo de modo algum com esse quadro fazer arte, ativismo ou transmitir alguma mensagem. Assim como o proprietário do banheiro na Nova Zelândia, só o que eu quero é catar like com alguma caquinha qualquer, dessas que todo mundo fica clicando nas redes sociais.  O fato é que o mundo se transforma cada vez mais rápido, então essa "obra" no banheiro masculino, emoldurada em 2018, não é compatível com os padrões de diversidade, equidade e inclusividade requeridos hoje, portanto não envelheceu mui

I AM WAR MACHINE

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 Nem tudo é tudismo cultural, mas blackface definitivamente entra no grupo das palavras cujo sentido vai se perdendo com o abuso, para no fim se transformar em coisa que significa qualquer coisa, o que invariavelmente faz com que signifique nenhuma coisa. No futuro, podemos então prever, tudo, será blackface. Não chegamos lá ainda, o que não é exatamente um problema, pois independente do que você estiver fazendo, se alguém se ofendeu, aquilo é racismo. Caso ninguém tenha se ofendido, também, pois é possível que alguém vá se ofender no futuro. É o que ocorreu com Robert Downey Jr. - que Odin o tenha - que se negou a pedir desculpas por seu papel em Tropic Thunder (2008), em que interpreta um ator que se traveste de negro para interpretar um filme. Impossibilitados de extrair uma retratação de RDJ, cancelocratas pressionaram Ben Stiller², que dirigiu e atuou no filme, também sem sucesso. O fato é que não há nada a retratar, pois o que caracteriza o blackface é o ato de se fantasiar de ne