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Mostrando postagens de julho, 2023

Saga Kenpúsculo

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  Na saga Kenpúsculo, o personagem Ken é um beta orbiter que existe na trama para adorar e reverenciar a protagonista Barbie, um ser de extrema luminescência que existe em um mundo perfeito onde possui status de divindade. Ao contrário da crença popular, mulheres no topo da escala de beleza fazem menos sexo do que as feias, já que as do topo tem menos necessidade de usar sexo para garantir investimento masculino. Pode-se medir o status da mulher na hierarquia social, portanto, pela quantidade de sexo que ela precisa fazer. Prostitutas estão na base da hierarquia feminina, pois precisam fazer grande quantidade de sexo em troca de baixo investimento de homens de baixa qualidade. Podemos montar, portanto, uma equação de custo-dentrifício para calcular o retrato da deusa, a com mais alto status possível, aquela que está um grau acima da mulher comum, a semideusa. Quando a mulher obtém devoção máxima de heteros top de alto valor em troca de nenhum retorno, ela é a Frida encarnada, o centro

Crise de Masculinidade Frágil

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  Um homem trans viralizou no Tik Tok¹ porque fez conversão do motor de acetona para querosone e só foi descobrir depois que ser barbado não é a barbada que elu pensou que fosse. O cerne do seu drama existencial é sentimento de abandono. Pelo que diz, parece que é solitário ser homem. Entendo você perfeitamente, amigue. Entendeu agora aquela piadinha do sexo solitário?  Quando elu era mulher era abraçada, as pessoas eram mais calorosas com ela, conversavam mais com ela, era mais fácil para ela ter uma comunidade, mas agora que elu é homem ninguém liga para o que elu sente. Isso é irônico, porque elu nunca ligou para o que homens sentem. Inclusive desconfio que elu continua achando que homens, especialmente os brancos, são seres privilegiados, então é hilário observar como elu está reagindo aos  privilégios masculinos. Mulheres só acham que lágrimas têm alguma utilidade porque assim que elas começam a chorar aparece alguém ou para resolver o problema delas, ou para assegurar que o que e

Boneca quer Bola

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  Não é mais possível esconder: até a Folha¹ já sabe que a Barbie está batendo um bolão. Não só ultrapassou Oppenheimer nas bilheterias como roubou a cena da seleção feminina em ano de Copa do Mundo. Há mais mulheres vestidas de rosa nas filas do cinema do que na Marcha das Mulheres, e o número de mulheres com camisa da seleção na rua é menor do que o de feministas querendo se alistar no exército na Ucrânia.  Justiça seja feita, a Barbie jogadora de futebol²  já existe desde 1998, mas seleção feminina de futebol no Brasil ainda não temos. O que tem é seleção feminista, aquela que te chama de machista. Essa técnica de dizer que eu sou machista e misógino para me motivar a assistir aos jogos funcionaria se eu não fosse ser acusado mais dessas coisas depois disso. Tem certificado de homem desconstruído para quem assistir aos jogos? Ganho bottom de alienado da calça feminista se ficar adulando a Renata Silveira? Pois então.  Nessa Copa, a seleção feminista³ está tentando me convencer de qu

You Can Be Anything

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Depois de ouvir todos os avisos sobre panfletagem feminista e - desculpe a redundância - narrativa de ódio a homens, não tinha nenhuma expectativa sobre o filme da Barbie. Confesso, entretanto, que fiquei confuso sobre o que esse filme pretende, se é que pretendeu alguma coisa. Dizem os executivos da Mattel que Barbie não é um filme sobre feminismo, e essa é uma leitura possível sobre a história. Outros estão dizendo que ele é uma hyperwoke tese de mestrado feminista, leitura mais possível ainda, enquanto outros dizem que é um retrocesso na agenda a escolha de uma protagonista branca com corpo padrão. Para cada espectador parece haver uma Barbie, ou mesmo muitas Barbies, então desconfio que esse filme pode ser o que você quiser. Isso é irônico, por se tratar de um filme da Barbie, mas pode também ser icônico, se é essa a maneira que você escolheu enxergar. Sim, Barbieland é um Barbiearcado onde os Kens são seres irrevelantes, mas dentro do universo Barbie, Ken é de fato secundário, ent

Barbie - The Movie

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  Margot Robbie, que estrela e produz o filme Barbie, está dizendo por aí que sua produção é feminista. A gafe criou uma cueca justa para a Mattel, dona dos direitos sobre a boneca. Os executivos da empresa estão tendo que negar¹ que Barbie é um filme feminista, possivelmente porque já sabem que associar Barbie a feminismo é tudo que você precisa para ir à falência criando a tempestade perfeita: feminista não compra Barbie, e quem compra Barbie não está interessada em feminismo. Adicionalmente, associar filme a feminismo hoje é tudo que você não precisa para atrair público, já que filme feminista é que nem futebol feminino no Brasil: nem feminista quer assistir aquilo, que dirá as pessoas normais. Afinal, Barbie é ou não é? Bem, a primeira Barbie surgiu em 1959, e foi inspirada em Bild Lilli, um personagem de um cartum alemão² da década de 1950. Lilli era uma mulher jovem, independente e que "às vezes se relacionava" com homens mais velhos. Ao contrário de outras bonecas, que

A Tradicional

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  Falar em erosão da família tradicional é falhar em entender que essa estrutura já é um modelo de desagregação familiar. Também não há nada de tradicional nesse modelo, já que a família nuclear composta por papai, mamãe e pacotinhos é um produto da revolução industrial, que se consolidou na mitologia popular por meio de marketing cultural de boomers yankees.  Essas dinossáuricas criaturas, que ainda estão entre nós, viveram no período de bonança ocorrido após a Segunda Guerra, uma época dourada em que os superpapais conseguiam sustentar esposa e ranhentinhos lavando pratos no McDonald's. Embora seus poderes fossem nada mais do que um truque de efeitos econômicos especiais, ainda assim eram heróis. Por séculos, o paradigma tradicional de família consistia em clãs familiares de tamanhos diversos, onde várias gerações aparentadas viviam na mesma casa ou propriedade, mas mesmo esse já é um modelo de desagregação familiar que sucedeu a tribo, ambiente em que nossa espécie existiu por d

Para Todes as Mulheres

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  Um fabricante de lingerie na Alemanha fez em 2017¹ uma campanha de marketing com o slogan de que seu produto é para todas as mulheres. No caso, TODAS, sugerindo que isso inclui mulheres trans. Sei que o que vou revelar agora vai chocar as pessoas, e é algo que muitas não vão conseguir aceitar de jeito nenhum, mas a verdade é que esses barbados de lingeire que você vê na paisagem cultural desconstruída, embora se declarem mulheres, não são mulheres de verdade. Entendo que é difícil perceber as diferenças entre urubu e translouro, que muitas vezes são sutis, mas felizmente não há nada que está claro que não possa ser melhor escurecido. Veja bem: alguém com disforia de gênero - a mulher trans - jamais usaria barba, então o que temos é o fenômeno do trans não-binário. Não-binário não existe, portanto trans não-binário também não. O que existe é um plano para convencer os incautos de que elus são mulheres trans. Não seja enganado por essa mentira, pois ela não é verdade. Elus nada mais sã

NPC Jones

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  Fui alertado por um NPC¹ que sou um NPC porque meu discurso anti-woke é previsto pelo sistema. Esse é um discurso NPC típico, pois se há algo que pode ser previsto sobre o sistema é que ele vai prever reações ao sistema. De acordo com a lógica NPC dessa estratégia de jumentologia reversa, o sistema deveria parar de prever coisas ao ser alertado de que suas previsões são previstas. Jeguial.  Sim, eu já sei que meu discurso é previsto e até mesmo desejado pelo sistema. É uma armadilha, mas quando Luke Skywalker foi encontrar Vader em Império Contra Ataca, sabia que aquilo era uma armadilha. Ele foi mesmo assim, pois é isso que protagonistas fazem nos filmes. Podemos prever, portanto, que onde existir uma armadilha na narrativa, haverá um NPC para alertar o protagonista de que ele vai cair em uma armadilha, assim como podemos prever que vai surgir um NPC para me alertar que isso nem sempre ocorre. Pessoas normais, no geral, são previsíveis. Quando elas começam a fazer coisas imprevisíve