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Mostrando postagens de março, 2020

GarotaShield

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Há estruturas invisíveis no tecido social sobre as quais ninguém fala, como o Cornoshield™, por exemplo. As pessoas sabem quem está levando guedes à sua volta, mas ficam caladas, o que garante que o corno é sempre o último a saber. Cerca de 50% das pessoas são infiéis, então a chance de você ser contemplado no sorteio do megachifre da virada é meio a meio. Estou certo de não estar no grupo dos cornos, mas porque existe o Cornoshield™, me sinto impelido a manter a turma dos 50% protegida em sua bolha de ilusão. Segundo Schopenhauer, quanto mais claro é o conhecimento das pessoas, maior é seu sofrimento, então não serei eu a iluminar a testa dos chifrudos, removendo deles sua abençoada ignorância. Há, contudo, outra estrutura invisível que é muito mais poderosa que o Cornoshield™: o Garotashield™. A mulher vem na direção contrária à sua na calçada e, quando você vai cruzar por ela, uma força descomunal o impele para o lado para que ela passe sem obstrução. A Mona passa sem nem piscar, pr

Ôzer e o Nada

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Foto de  cottonbro  no  Pexels - O que está fazendo, Ozêr? - Nada. Sou um nadista profissional. - Mas nada qualquer um faz. Isso não é profissão. - Vejo que você é leigo. Fazer nada exige técnica, foco, do contrário você não consegue nada e acaba fazendo alguma coisa. - Rá! Sou super ocupado. Quanto você cobra para fazer nada por mim? - Nunca cobro para fazer nada. - Então pode começar agora mesmo! - Não posso. Não faço nada pra ninguém. - Mas se você não cobra nada de ninguém, o que ganha fazendo nada? - Nada. Seu eu ganhasse alguma coisa, o Conselho dos Nadistas não faz nada e perco minha licença. - Mas como vai perder a licença se eles não vão fazer nada? - Como disse, você é leigo. Melhor encerrar a conversa pois ela vai dar em nada. - Mas nada não é o objetivo? - Nadistas não tem um objetivo. Você não entende nada do assunto mesmo. Podia te ensinar, mas aí seria fazer algo, o que viola os princípios do Nadismo. - Não vai fazer nada então? Já sabia. - Está aprendendo rápido. E nem

Não Existe Luta Contra a Objetificação Sexual

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Não existe luta contra a objetificação sexual da mulher, mas sim uma cruzada para demonizar a sexualidade masculina. O problema com a expressão objetificação sexual usada como pejorativo é que sexualidade é impossível sem objetificação. Não há sexo sem tesão, e não há tesão na inexistência da capacidade de enxergar em alguém um instrumento em condições de satisfazer nosso desejo.   View this post on Instagram Settling in 🎀 A post shared by T E S S H🍒L L I D A Y (@tessholliday) on Aug 26, 2020 at 8:26pm PDT Também não há humanidade sem sexualidade. As duas coisas são indissociáveis. Isso é uma verdade biológica, já que somos uma espécie sexuada. Nossa narrativa pessoal, social, cultural, e até mesmo política está intrinsecamente conectada à sexualidade. Tal coisa pode ser trivialmente demonstrada pela maneira como mulheres politizam o próprio corpo.  A agenda padrão para o momento é dar a mulheres o grau máximo de liberdade sexual enquanto restringe pr

Anorgasmia

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  Não existe homem com pinto pequeno. Pode sair por aí perguntando aos rapazes. Todos tem giromba que varia de tamanho XL a XXXL. O único homem com pinto pequeno que eu conheço é o Rick Martin. O ex-Menudo confessou em uma entrevista no Jô Soares, para desespero das meninas na platéia, que tinha uma nanogirombinha. Curiosamente, nenhuma delas pareceu muito preocupada em saber se ele achava o clitóris.  Anorgasmia, poderíamos dizer, é o pinto pequeno das mulheres, com a diferença que elas promovem paranoia estatística em público sobre o assunto. O objetivo é fomentar entre elas a agenda de vitimização da mulher no velho e bom estilo "se uma não goza, todas não gozam". Vejamos como a clássica sororidade feminina funciona na prática nesse episódio do programa Sexo Empoleirado: - A maioria das mulheres nunca gozou. Isso é culpa do machismo da sociedade patriarcal opressora, que ensina mulheres a terem vergonha da própria sexualidade. Você, Márcia, já teve um orgasmo? - Sim. - Ale

Abelha Rainha

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De acordo com o artigo* do The Economic Times, a síndrome da abelha rainha é prevalente nos ambientes de trabalho, e a situação está piorando. Vários estudos apontam que mulheres são mais rudes no trabalho com mulheres do que são com homens ou que homens são com mulheres. Elas também fazem pressão contra outras mulheres no grupo que tentam se sobressair e o tratamento que chefes mulheres dão a subordinadas é de inferior qualidade. Esse comportamento feminino é coerente com o esperado, mas parece evidente para mim que há outros fatores presentes acentuando o problema. O que temos aqui é um efeito colateral de políticas afirmativas. Empresas hoje estão fortemente pressionadas a produzir diversidade de gênero em seus altos postos executivos, o que invariavelmente faz com que várias mulheres sejam promovidas em razão do seu gênero, e não por meio do critério de competência.  Em um ecossistema desses, a estratégia ótima para mulheres é eliminar o número máximo possível de concorrentes mulhe

Gugu Rage

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Parece que a tal de rage é a modinha do momento. O sujeito descobre que o patriarcado é ginocêntrico e surta preto na mandioca. Fica se achando o Neo saindo da Matrix depois de tomar a red pill. Menos, amiguinho. Isso é coisa de soy boy de bolha digital que cresceu vendo o mundo pelo Aifône dentro do seu safe space. No meu tempo merthiolate ardia, não tinha Internétchy nem leite sem lactose. A gente tomava red pill na mamadeira e os black pill saíam na fralda. Minha primeira red pill forte foi com dois anos, quando descobri que meu pai adulterava meus Danones, o único iogurte que eu aceitava tomar. O mão de vaca colocava Batavo no potinho de Danone porque era mais barato para me tapear. Aquilo foi um choque severo. O mundo não era o que eu pensava ser. Me senti traído. Fiquei revoltado, com raiva. Mais tarde veio a depressão. Meu cocô desregulou, meus brinquedos perderam o sentido. Fiz tratamento com papinha de aveia e mel na chupeta. Fiquei paranoico, inventava várias teorias da consp