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Mostrando postagens de agosto, 2023

Macho Lésbico

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  Todo processo de desconstrução da masculinidade é inspirado na ideia de que o problema do homem é ser homem. A cura para sua condição de macho, portanto, consiste em transformar o indivíduo em uma versão desmachificada do masculino, ideia movida pela esperança de que o homem desconstruído vai herdar por osmose estrogênica algumas das virtudes do sexo virtuoso: a mulher. Como seria essa criatura ao final do processo de desbasgulização é um assunto controverso, mas depois que descobri David, um macho lésbico não-binário, acredito que não há mais que se falar em controvérsia. Pessoas maldosas dirão que estou inventando esse tal de macho lésbico não-binário, o que prova que, além de maldosas, são incultas. O assunto da lesbianidade masculina foi abordado recentemente no mítico paper¹ Machos Lésbicos e o Corpo Pós-moderno, publicado no periódico de Filosofia Feminista Hypatia pela Cambridge University Press. David está interessado em conhecer outras lésbicas online, mas somente se elas fo

As Beijoqueiras

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  As aves de rapina estão histéricas em revoada sobre a carcaça do selinho de Luis Rubiales¹, selado na jogadora Jenni Hermoso durante a final da World Cup de Futebol Feminista. Em um mundo que premia paranoia, hipocrisia e sinalização de virtude, sem surpresa podemos observar que situação reversa virtualmente idêntica ocorreu recentemente com o jockey Sean Kirrane, selado² por uma madame executiva para comemorar a performance do seu pupilo.  No caso de Sean, não houve comoção nacional, abutres histéricos tentando capitalizar em cima evento ou campanha selou um, selou todos. Ninguém pediu o afastamento de Katy Perry³ também quando beijou sem consentimento o calouro boca virgem no programa American Idol, não apareceram políticos clamando por justiça e não houve nenhuma Promotoria se movimentando para processar as duas beijoqueiras por assalto sexual.  Parte da histeria das aves de rapina é motivada por misandria, já que - como é trivial constatar - o único crime de Rubiales é ter nascid

O Corpúsculo do Trovão

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A tão profetizada fadiga de filmes de super-heróis já está entre nós, então essa é a hora de aproveitar para esgotar o tópico, já que profetizo para breve uma fadiga do assunto fadiga de super-heróis, momento em que o pessoal vai cansar de falar que filme de super-heróis já cansou. Para mais previsões imprevisíveis sobre o futuro, siga esta página. O que ninguém previu é que a situação atual de caos e desespero seria tão extrema que haveria gente acendendo uma vela para Odin, outra para Xangô e dando graças a Zeus que novas produções anunciadas são só boatos. Passamos o fundo do poço com vontade de ser infeliz, então tragam a broca de diamante, porque daqui pra baixo é só pedra.  Calma gente. Não vai ter novo Thor, então podem ficar tranquilos. Ufa! Thor 5 é só um espasmo mental hipotético do Taika Waititi¹ sobre como ele iria fazer um Thor mais ruim do que o mais pior do que o cidadão mediano médio é capaz de conceber.  Isso é na realidade uma bênção, pois a melhor maneira de honrar o

The Simpsons

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  Alguns estão tentando justificar o fato de que os Kens são idiotas inúteis no filme da Barbie apontando Homer Simpson como referência. É um exemplo infeliz, pois Homer já foi apontado por outros alguns como um dos personagens que iniciou o discurso anti-homem na mídia. Acredito que todos esses alguns estão enganados. Não havia discurso misândrico na época dos Simpsons, e qualquer um enxergando engenharia social anti-homem na época do Chuck Norris, Sylvester Stallonge e Arnold Schwarzenêitor fumou uns cogumelos e está seguramente alucinando coisas. Sei que estão pois eu estava lá, e assisti tudo pela TV. Homer não é um idiota inútil, é um palhaço. Muitos existiram antes dele, como Jerry Lewis, Charles Chaplin e Didi Mocó, dos Trapalhões. A linhagem se estende até os palhaços de circo, que são trapalhões, mas não idiotas, pois um palhaço não é nenhum palhaço. Por certo Homer não é muito brilhante, mas escuramente não é um Kenjumento idiota. Nunca existiu na ficção uma história em que h

Pretty

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  O trending da hora é dizer que homens não gostam de algum filme porque não conseguem aceitar que ele não foi feito para eles, e se ressentem de não serem mais o centro das atenções. Não acreditem nessa mentira, pois ela não é verdade. O cinema é pródigo em blockembusters rosinha projetados exclusivamente para elas. Não me recordo de nenhum barbado perdendo o sono por causa disso. Pelo contrário, a maioria assistiu e gostou. Não tem corridas de carro, explosões, decapitações, sanguinolência nem pancadaria, mas dá para se divertir tranquilo.  Uma Linda Mulher, estrelado por Julia Barbierts, é uma releitura do mito hipergâmico da Cinderela. O título não é Um Lindo Bilionário, então não é preciso muitos neurônios para entender que Richard Gere é mero coadjuvante em um filme para meninas. Sucesso de audiência entre todos os grupos demográficos. Julia Barbierts é o Vin Diesel dos filmes para elas, e protagonizou uma história açúcar rosa do Himalaia com Javier Bardem, onde a heroína embarca

Pai Aço

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  Dia dos pais é aquele dia em que feministas lembram que homens viralizam apenas por pentear o cabelo da filha, insinuando que homens ganham audiência por fazer coisas sem importância. Isso é falso. Mulheres são o gênero que tem o privilégio de viralizar por fazer nulidades, coisa que podemos verificar no Instagram, onde várias viralizam apenas por empinar a bunda. Isso já é mais do que é exigido delas, pois no OnlyFans já temos mulheres viralizando apenas por dormir¹ com a webcam ligada. Ser mulher é tão difícil, mas tão difícil, que você pode faturar quinze mil dólares por dia dormindo. Sozinha, sem precisar dividir a cama com nenhum barbado. Para viralizar no Fantástico, basta ser mulher e criar os filhos sozinha. Ganha documentário, visibilidade nacional, legislação só pare elas e troféu de mamãe guerreira. Alguém já viu documentário no Fantástico de pais que criam os pacotinhos sozinhos? Difícil, já que homens que fazem o mínimo, como sustentar e criar os filhos, por exemplo, não

A Diferença entre estar Certo e ter Razão

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  É doloroso assistir hordas de passadores de vergonha procurando uma vergonha para passar na minha página. Impressionam pela falta absoluta de originalidade, já que todos cometem exatamente o mesmo erro. Não sinto prazer vendo gente passar vergonha, embora não possa dizer o mesmo quanto aos que gostam de passar vergonha. Essa é uma categoria especial de asno ruminante que não merece a minha empatia. Sempre pensei em fazer um manual sobre como não passar vergonha para ajudar os que procuram uma vergonha para passar a não encontrá-la. Isso exigiria um arrazoado básico sobre falácias e os métodos que usamos para produzir e validar teorias. É muita masturbação mental só para não passar vergonha, então tive a ideia de realizar a tarefa reversa, explicando o que não fazer ao invés de ensinar o que fazer. É insanamente simples. Observe a estrutura: - X está errado porque Y Fácil, prático e descomplicático. X é aquilo que eu escrevi - e não o que você pensa que escrevi - que você acredita est

The Predador is forMale

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  Ainda vejo gente acreditando que cultura woke já existia há muito tempo, e que havia alguma coisa woke no cenário antes de 2010. Isso é impossível. Um dos fenômenos genuinamente woke que temos hoje, por exemplo, é a narrativa do "esse filme não foi feito para você", abominação que com certeza ninguém ouvia antes de 2010. O filme Predador (1987), com Arnold Schwarzenegger, é um dos mais testosteronados que eu já vi. No Team Arnold há vários Rambos inflados na base do frango com suplemento mais remedinho pra cavalo. Todos fazem papéis de machos nervos de aço casca grossíssima, do tipo que faz barba com faca, trata infecção no cuspe com catarro, arrota forte depois de tomar Coca-Cola, tira meleca do nariz enquanto está no carro aguardando o semáforo e faz cara de paisagem depois de peidar em elevador lotado.  Blockembusters têm orçamento alto, portanto a produção tem interesse de que eles sejam vistos pelo maior número de pessoas para se pagar e produzir lucro. Do ponto de vis

You are Kenough

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  A Revolta dos Feministos, filme de Margot Robbie & Greta Gerwig, é um verdadeiro cavalo de Tróia, ou, por que não dizer, cintaralho de Tróia. O homem feminista vai no cinema achando que vai levar fio terra da boneca, mas acaba sentando em algo bem maior, no mínimo maior que o dele. O que fincou lá atrás não tem volta, então agora quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz. Quero ver o amor vencer, mas se a dor nascer, você resistir e sorrir. Foi tudo uma sátira gente, no caso, uma sátira para zoar com os homens desconstruídos e mostrar o quanto eles são otários. Ora, mas Ken são esses indivíduos? Os Kens. Ken mais seriam? A história deixa um sem número de evidências de que os Kens são feministos. A primeira e mais óbvia delas é que os Kens são idiotas inúteis, que é precisamente a opinião que feministas têm sobre o homem feminista.  Feministo é o tipo do homem que acha que homens não conseguem entender o que é feminismo porque são homens, mas se p

Stallonge Lacra

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  Está na moda agora - desculpe o pleonasmo - lacrador chato reclamar que anti-lacração é chato. O problema é que não existe anti-lacrador chato. Isso seria como um anti-chato chato. Quando o chato é chato, você cura a chatice dele sendo chato, pois chato que chateia um chato tem cem anos de estrelato. Isso dá chance ao chato de experimentar uma dose do próprio veneno, o que vai ajudá-lo a entender o quanto ser chato é chato, sem mencionar que é uma forma de distribuir justiça social realizando um trabalho comunitário relevante. Não devemos nos esquecer nunca que foi o lacrador chato que inventou a chatice da cultura atual com seus gatilhos, safe spaces, palavras machucam e fatos dóem, portanto esse chato é a última pessoa no universo com moral para reclamar da chatice dos outros. O lacrador é uma espécie especialmente chata de chato, pois não só tem infinitas e crescentes demandas como elas são contraditórias, portanto impossíveis de atender. As demandas do lacrador chato têm que ser

Luke, use a Força!

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  Narrativas ideológicas sempre estiveram presentes no cinema. Star Wars, por exemplo, escuramente contém agenda antinazista. É um elemento incidental e secundário, mas está lá, estampado na vestimenta Imperial e no uniforme de Darth Vader, a sinalizar que nazistas são os vilões da história.  Embora exista de forma subliminar, a quantidade de ginástica mental que o sujeito precisaria fazer para negar que George Lucas está alfinetando nazis na sua obra é surreal, razão pela qual nunca ninguém se atreveu a tal demência. O mundo hoje está muito mudado, então a moda é negar até a morte as narrativas ideológicas embutidas nos filmes de Hollywoke, como a clássica agenda anti-homem, por exemplo.  Todos os homens no filme da Barbie são escrotos ou imbecis, e os únicos personagens que produzem diálogos que têm aparência de ser algo pensado por alguém capacitado para fazer tal coisa são mulheres. A única exceção é o Ken. Ken não é imbecil, ele é profundamente retardado, o tipo de sujeito que, se