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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

Simon Leviev

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  Por milênios, homens têm sido vítimas de estelionatárias no Tinder. Um estudo recente, por exemplo, revela que 1/3 das mulheres praticam¹ foodie call, ou seja, aceitam encontros somente para faturar sushi grátis de otários. Homens também estão sujeitos a vários outros golpes, como o do pix, do boleto, do pacotinho e do baú, situação que alguns chamam de golpismo estrutural, mas que também é conhecida por biscateirismo sistêmico. É nesse cenário estelionatário de opressão que surge Simon Leviev. Decidido a cobrar a dívida histórica² e promover equidade de gênero, esse guerreiro resolveu fazer justiça com as próprias mãos armando um esquema de pirâmide, onde simulava ser bilionário com dinheiro de suas vítimas para arrancar dinheiro das próximas. No processo, Leviev não só trocava o óleo, como levava uma vida de magnata. O misegável é um gênio, e sua heróica história virou documentário³ no Netflix.   Durante o filme, é impossível não se emocionar com o triste relato de Cecilie Fjellhøy

Monareta

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  Está na moda entre desonestitários fazer o que sempre fizeram, que é tirar coisas de contexto ou mesmo espalhar que alguém disse o que nunca falou para fabricar histeria viral coletiva. Foi o que aconteceu no caso¹ do declaradamente bêbado podcaster Monark, acusado de fazer apologia ao nazismo por dizer que a esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, portanto defende que nazistas também tenham direito a ter partido.  Precisamente o mesmo ponto foi defendido pelo jornalista Leandro Narloch² em matéria da inVeja, em 2015, que não foi acusado de fazer apologia ao nazismo pois ninguém na mídia oficial ordenou à manada que fizesse tal coisa. A diferença entre fazer apologia ao nazismo e defender que exista no Brasil o direito à constituição de um partido nazista é a mesma que existe entre fazer apologia ao uso de maconha e defender a descriminalização da droga. As duas primeiras são crime, enquanto as duas últimas são posições sobre o que deveria ou não ser crime. Nos

Revogação Retroativa

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Se um homem bêbado tivesse feito sexo oral em Robinho em uma boate na Itália, isso seria considerado estupro? Evidente que não, pois quando um homem mama uma rola, seja ela de menino ou de menina, não é possível desmamar. Não há como reverter o que fincou lá atrás pois há drogas capazes de interferir com a capacidade do indivíduo de tomar decisões, mas álcool, em especial, não é uma delas.  A albanesa que fez sexo oral em Robinho na boate italiana estava bêbada? Com cerveja. Estava consciente durante o boquete? Com cerveja. Queria fazer o boquete? Com cerveja. Sendo assim, de acordo com o mítico fluxograma de consentimento elaborado pela arquifeminista Giovana Fagundes, que está em consonância com a lei brasileira, o jogador não cometeu crime. Não é o que decidiu o judiciário italiano, que condenou Robinho por estupro de vulnerável em última instância¹ alegando incapacidade de consentimento em razão de intoxicação alcoólica.  Revogação retroativa de consentimento, que é quando a mulher