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Mostrando postagens de junho, 2020

The Witcher

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Já fui aconselhado por alguns indivíduos de espada longa que tentar explicar a realidade de gênero a mulheres é uma empreitada inútil, mas eu ignoro. Viver pra mim não faz muito sentido se a gente não se permite fazer algumas bobagens. Não dá pra viver só fazendo bobagem, mas ocasionalmente o indivíduo tem que se permitir algumas insanidades com fim de garantir algum grau de sanidade. A vaidosa Mona do print pensa que não há nada mais irritante que homem vaidoso e macho alfa. A razão para ela achar isso é que alfas tratam mulheres da mesma maneira que mulheres tratam os homens. O que temos aqui é nada mais do que a lei de oferta e demanda em ação. A mulher média tem à disposição oferta de sexo muito acima do que precisa, enquanto o homem médio conta com uma oferta de sexo brutalmente abaixo do que gostaria. Para o alfa, onde por alfa definimos como o reduzidíssimo número de homens no topo da escala de sex appeal que possuem todos os atributos com os quais as mulheres sonham, essa regra

O Fêmeo Alfa

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Para entender mulheres, só o que você precisa fazer é ouvir o que elas falam. Fácil, prático e descomplicado. Elas estão sempre explicando como elas são e o que querem, mas homens perto de mulheres estão com o cérebro sempre em outro lugar, então não prestam atenção. Não prestar atenção no que elas falam, aliás, é uma reclamação recorrente das meninas, mas como meninos não prestam atenção no que elas falam, não prestam atenção nisso também. Onde meninos estão com a cabeça perto de mulheres já sabemos: futebol, carros, física teórica, Star Wars, metafísica, geopolítica, solos épicos de guitarra, games de computador, enfim, essas coisas que fazem a vida valer a pena. A Mona do print já saiu entregando verduras no início do post, mas como você não presta atenção nas verduras dela, talvez seja melhor consultar o verdureiro. Conforme revelam pesquisas em sites de relacionamento, não só 80% dos homens estão abaixo da média no quesito beleza, como não há homens com nota máxima. Embora 60% das

O Sushi e a Maquiagem

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A conversa furada de que o homem tem que pagar o sushi porque elas pagam os tubos com salão para deleite exclusivo do sushiman biscoiteiro é só conversa furada mesmo. Isso é remunerar mulheres por algo que elas não fazem pra você, e sim para elas. Agradar você é só um subproduto da sua necessidade de sentirem-se seguras com a própria aparência. Produção é atividade regular e ordinária. De acordo com as Monas, nunca é para agradar macho, e quem disser o contrário é machista. Na hora do sushi elas mudam de ideia porque sai mais barato que dividir a conta. Parafernálias embelezantes, insisto em insistir, não são critério de corte que homens usam para descartar mulheres como elas afirmam. Isso é coisa que as Monas se exigem para aumentar seu sex appeal e concorrer no mercado com outras piriguetes empoeiradas pelo top bofe caviar, porque bofe sushizeiro elas conseguem stress free, sem necessidade de loções mágicas ou malabarismos empoeirados. O mimimi em torno das maquiavélicas exigências p

Feministo Ticomeliano

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  Assim como há vários tipos de feministas, há vários tipos de feministos. Um deles é o feministo ticomel. Recentemente recebi em meu feed a visita de um ticomeliano determinado a iluminar bofes com suas pérolas emperoladas e ensiná-los a extrair orgasmos de mulheres. De acordo com ticomelianos, mulheres são anorgásticas por causa do machismo da sociedade patriarcal anorgasmopressora.  Segundo a tese ticomeliana, o bofe machista obtém prazer na cama fazendo a mulher não gozar. Depois do motel vai pro bar vangloriar-se com seus amiguinhos machistas, dizer que a que ele pegou hoje também não gozou. Atolou no seco, The Flash style, e deixou a Mona lá, a ver navios. Após risadas misóginas de aprovação, o grupo começa a brigar para saber quem é o que causa menos orgasmos. Alguns até fazem a parceira gozar, mas não contam porque têm vergonha. Meninos sendo meninos. Machismo é mesmo brochante. Para feministas, tudo que homem faz que mulher não gosta é machismo. Aí fica simples de entender a t
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Luiz Felipe Pondé volta e meia critica feminismo, mas é uma crítica light, que nunca vai direto ao ponto. Pondé, temos que reconhecer, é um manginão. Mesmo em suas críticas há por trás um claro desejo de exaltar mulheres, retratá-las como um ser etéreo, uma versão melhorada de homens. Defende com paixão a tese de que mulheres hoje são seres evoluídos e emancipados, enquanto homens são criaturas perdidas e confusas.  O problema com esse discursinho tosco é que ele tem cerca de 40 anos, talvez mais. Na minha época já era furado, embora eu só fosse descobrir isso muito depois. Minha geração foi a que supostamente inaugurou uma nova era na realidade de gênero. Ao menos como ideal, essa realidade existia. Décadas depois o que podemos observar é que a tal emancipação feminina nunca veio à tona, é marketing puro. Mulheres continuam correndo atrás do homem protetor/provedor que sempre buscaram. O arquétipo do príncipe continua vivo, apenas a linguagem para descrevê-lo mudou. Na realidade, o pr

O Paradoxo da Escolha

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Foto de  cottonbro  no  Pexels O Paradoxo da Escolha já é bem conhecido. Acreditamos intuitivamente que possuir mais escolhas maximiza nossa satisfação, mas não é o que observamos. Quanto mais opções disponíveis, menos satisfeitos ficamos com as escolhas que fazemos pois a existência de múltiplas alternativas amplifica nossa ansiedade sobre ter feito a escolha certa.  Aí me ocorreu que antes das pesquisas terem revelado isso tínhamos somente uma opção de mundo a escolher.  Agora temos duas. No mundo em que estamos, continuamos perseguindo o aumento da nossa quantidade de escolhas para maximizar nossa satisfação, e no mundo alternativo buscaríamos limitá-las para atingir o mesmo fim. Qualquer um que escolhermos vai imediatamente nos deixar eternamente apreensivos sobre aquele ter sido realmente a o caminho a seguir, o que confirma o paradoxo da escolha. Acho que você pode chamar isso de paradoxo do paradoxo.