Gatos e Vingadores
No milênio passado, o pessoal observou que mulheres também são safadas, digo, também consomem pornografia. Surgiu então a ideia fazer filmes eróticos ajustados para a lente feminina com fim de atender aquele novo e inusitado segmento do mercado. Parecia uma boa ideia, mas a iniciativa foi um fiasco de bilheteria. A dura realidade é que, quando você faz filme de sacanagem para mulheres, homens não querem assistir esse bagulho, e mulheres também não.
Se parar para pensar, a ideia do pornô for girls nunca fez sentido algum. Se você observa que mulheres são atraídas para um determinado produto, adulterar e descaracterizar o produto para atrair mais mulheres é um plano que tem tudo para falhar, já que o que as atraiu em primeira instância foi o produto original, e não a versão Xing-Ling rosinha que você está tentando empurrar.
Movida pela descoberta de que mulheres também gostam¹ de filmes de ação, um gênero considerado masculino, a indústria de cinema teve a ideia de que fazer filmes de ação para garotas é o negócio do futuro. Já vi esse filme do filme para homens ajustado para a lente feminina, então já sei como acaba. Ou melhor, não sei. Nunca me interessei por pornografia para meninas porque sou incrivelmente hetero. Se fosse gay não ia me interessar também, então é inútil me acusar de masculinidade frágil para fazer bullying e me forçar a assistir essa porcaria de pornô para garotas. Se não for pornô pra macho, não tenho interesse. Por favor não insista.
Nos clássicos de filme de ação, o herói salva o mundo para ficar com a mocinha. É para isso que homens tem a fantasia de salvar o mundo, aliás. Se for para salvar o mundo e ficar com o pinto na mão, aí o sujeito fica em casa jogando video-game. Não corre risco de comer alguém, mas também não corre risco de levar na bunda, portanto é um negócio com relação risco-dentrifício adequada. Alerto que é inútil explicar para as meninas que a única razão para salvar o mundo é molhar o biscoito. Elas não vão entender e ainda vão te acusar de ser um escroto tarado tentando passar a linguiça, digo, o mansplaining.
Como podemos observar, nesses filmes girl power com lente feminista de hoje em dia, as heroínas até salvam o mundo, mas ninguém come ninguém no final. A missão ficou pela metade, pois a jornada da heroína termina antes de acabar, como vimos nesse último flopbuster, o The Marvels. Nesse filme, a Capitã Femichata salva o dia, mas ninguém come ninguém ou sequer corre o risco de comer alguém na fita. É muito trabalho para pouco resultado, portanto a relação risco-dentrifício não é adequada.
Na trama, Brie Larson faz uma Balzaca superpoderosa chata e sem sal que mantém um casamento de fachada com um japa insosso de um planeta desconstruído distante. Está implícito na história que o japa (na verdade um sul-coreano) é corno, já que aparentemente a Capitã Femichata teve um affair lésbico² com uma afro-valquíria de Asgard. O affair não funcionou, já que nem mesmo uma afro-valiquíria de Asgard é capaz de aturar a Capitã Femichata, que passa os dias vagando encalhada pelo multiverso na companhia de gatos e vingadores enquanto o The Wall se aproxima em ritmo de Star Trek:
KIRK: Dobra onze, Sr. Sulu! Pra trás e avante!
SULU: Suave na nave, Capitão!
SPOCK: Isso não tem lógica, Jim.
UHURA: Acho que ouvi um gatinho...
The Marvels definitivamente não é um filme para homens, e como também não é para mulheres, é de se perguntar para quem esse filme foi feito, já que nem mesmo não-binários querem ver Capitã Femichata e suas Marvetes superpoderosas. Para completar o quadro do desespero, quando essa abominação flopa é tudo culpa dos incels que não querem ir no cinema. Por Frida, é muito incel. A quantidade de homem que não come ninguém está saindo do controle, o que provoca efeitos graves em vários setores da economia.
É, não vai ter jeito. Se feministas querem mais homens nas salas de exibição prestigiando a diversidade de gênero nos filmes de super-heróis, vão ter que liberar a pepeca pros pirralhos. No mínimo um kétchy tem que rolar. Assim que os incels começarem a trocar o óleo regularmente, eles voltam para o cinema em massa assistir wokebuster de girl power diversitária. Não tem como falhar esse plano, então fica a dica.
Lembrem-se, amiguinhes: discutir problemática é para problemáticos. O que resolve mesmo é a solucionática.