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Marcelle Decothé, assessora da ministra Anielle Franco, foi exonerada por fazer publicação¹ racista nas redes sociais. A notícia não é a existência de brancofobia, europeufobia e outras fobias entre os racistas do bem que se declaram anti-rascistas, mas sim o fato de que alguém foi demitido por racismo reverso pelo Ministério da Não Existência de Racismo Reverso.
Marcelle, que vai ter que fazer o L para se recuperar da teta de 17 mil reais mensais que perdeu, provavelmente foi aluna da professora que foi recentemente demitida² por ensinar gênero neutro em aula. Que situação. Por falar em fazer o L, pai Lula jogou um balde de água fria nos que queriam uma mulher negra no STF ao declarar³ que raça e gênero não estão entre os critérios que vai usar para escolher quem irá ocupar a vaga de Rosa Weber.
Em outras palavras, vai ter mais macho branco eurocêntrico cisheteronormativo no STF sim, pois o critério de seleção, de acordo com Pai Lula, vai ser atender os compromissos eleitorais assumidos durante a campanha, digo, atender os interesses dos brasileiros e brasileiras. A Constituição Federal, cuja defesa é principal atribuição do STF, por falar nisso, tem a não discriminação por raça e sexo entre os seus princípios fundamentais. Ao se negar a usar raça e cor como critério de preenchimento de vaga do STF, Pai Lula está na realidade preservando a missão institucional dessa Corte.
Nenhum desses eventos têm qualquer importância, pois a notícia realmente relevante do momento na luta pela preservação da Constituição, do Estado Democrático de Direito e do brazillian way of life é a de que os alunos da UNISA, expulsos⁴ da universidade em razão de punhetaço promovido durante competição esportiva, foram reintegrados por ordem judicial.
A juíza Denise Aparecida Avelar anulou o desligamento sumário com base na em violação dos princípios constitucionais do devido processo legal, contraditório e ampla defesa. Acrescento que o princípio constitucional da igualdade de gênero também foi violado, já que é mais fácil a reitoria da UNISA contratar alunas para fazer um siriricaço coletivo em competição esportiva universotária do que expulsar alunas por siriricaço coletivo no mesmo evento.
Raciste reverse demitide, professore que ensina pronome neutre demitide, defesa de igualdade racial e de gênero nos critérios para preenchimento de vagas no STF e expulsão de punheteiros, o mundo está ficando muito estranhe. Seria o início do fim da influência da cultura woke na sociedade? Não sei. Só o que eu sei é que a punheta continua liberada. Como diria a Jú, o corpo é um ato político, então descasque, mas com moderação.