Saga Kenpúsculo
Na saga Kenpúsculo, o personagem Ken é um beta orbiter que existe na trama para adorar e reverenciar a protagonista Barbie, um ser de extrema luminescência que existe em um mundo perfeito onde possui status de divindade.
Ao contrário da crença popular, mulheres no topo da escala de beleza fazem menos sexo do que as feias, já que as do topo tem menos necessidade de usar sexo para garantir investimento masculino. Pode-se medir o status da mulher na hierarquia social, portanto, pela quantidade de sexo que ela precisa fazer. Prostitutas estão na base da hierarquia feminina, pois precisam fazer grande quantidade de sexo em troca de baixo investimento de homens de baixa qualidade.
Podemos montar, portanto, uma equação de custo-dentrifício para calcular o retrato da deusa, a com mais alto status possível, aquela que está um grau acima da mulher comum, a semideusa. Quando a mulher obtém devoção máxima de heteros top de alto valor em troca de nenhum retorno, ela é a Frida encarnada, o centro do universo, a razão última para a existência de tudo que foi, que é, e que ainda vai ser.
É o que temos na saga Kenpúsculo, onde Ken orbita em torno da sua divindade sagrada - a Barbie. Embora ele transite nos mesmos ambientes ou mesmo interaja com sua deusa para adorá-la, ele é invisível para ela, um NPC que navega na paisagem do mundo que Barbie enxerga. Não há sexo nessa relação porque se Ken conseguir algo em troca de devoção absoluta, a deusa já não seria mais deusa, pois a relação custo-dentrifício decaiu para um valor subdivindade.
Kens são uma fantasia assexual comum de mulheres, razão pela qual é possível observá-los em vários lugares. Mulheres, entretanto, não conseguem enxergar o Ken, já que no momento em que Ken deixa de ser invisível, deixa de ser Ken. Para Ken viu o Ken e Ken não conseguiu ver o Ken, um bom fim de semana.