Bambi

 


Trocar a raça de personagens caucasianos por afrodescendentes já passou da fase trending para a standard em Hollywoke, e escuramente pode ocorrer a qualquer momento com qualquer um, salvo uma única exceção: o Tarzan. Por ser o homem macaco, Tarzan definitivamente está imune a race swapping. Isso não impede que tenhamos um Tarzan gay no futuro, pois alteração da sexualidade de personagens é outro padrão que está se estabelecendo na indústria do cinema. Todas as narrativas estão sujeitas a ter o motor convertido de gasolina para flex, flex híbrido ou mesmo querosene panfluid, embora exista também uma única exceção, que está blindada contra releituras desconstruídas.

Quando Batman e Robin surgiram, o pessoal achou suspeito aquele negócio de garoto trapezista malhado carente adotado por milionário solteiro. Já quando Bambi foi lançado pela Disney, ninguém teve dúvidas: é vinh@dinho sim, e dos saltitantes. Por essa razão, acredito que o Bambi no novo live-action que a Disney está planejando¹ vai ser extremamente hetero, se é que existe tal coisa, então podem esquecer esse negócio de Bambi gay, Bambi trans ou mesmo não-Bambinário.

Há, contude, um porém: cervídeos são bichinhes associados a homens gays somente na cultura brasileira, então fora do Brasil ninguém jamais sequer desconfiou que o Batman pode ser Bambi. Por essa razão, Bambi gay não está fora do horizonte de possibilidades desconstruídas da Disney. 

Sonhar, enfim, não custa nada. Ao menos no Brasil, uma gafe politicamente incorreta dessa magnitude se transformaria em uma treta de proporções cataclísmicas, que provavelmente vazaria via Twitter para o resto da viralizosfera global. Confesso que não tenho interesse em filminho infantil bobinho de Bambi hetero, mas live-action de Bambi Bambi é um épico cinematofráfico impagável que com certeza eu pagaria para ver no cinema, então fica a dica. 

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