Luísa Sonza, que sobrevive de vender música para pessoas com padrão intelectual DBJL¹, não quer viver em um país burro² com jovens que só podem postar dancinhas e fotos bonitas nas redes sociais. Fás centido. A indignação da jeguial cantora parece ter surgido da informação de que as empresas estão deixando de fechar contratos de publicidade com influencers que se posicionam politicamente.

Difícil saber o que o cool tem a ver com a bunda, até porquê, se o padrão intelectual médio do brasileiro subir para qualquer coisa acima de DBJL, Sonza vai perder a maioria dos seus contratos publicitários, o que significa que o plano da cantora de não viver em um país burro é bastante jumento. Por falar em jumento, indivíduos que conseguem verba publicitária só para postar dancinha e fotinha e inventam de falar sobre política são asnos.

Para quem não sabe ainda, Pabllo Vittar foi recentemente acusado de transfobia por dizer³ que gosta de pênis. Isso prova que o mundo está tão tóxico, mas tão tóxico, que drag queens não podem nem mais dizer que curtem rola, pois isso atrai publicidade negativa da lacrosfera autofágica, o que afasta os anunciantes. Em um mundo de gente surtada e mimizenta que é capaz de ter um ataque histérico ao descobrir o sabor de pizza preferido de alguém, indivíduos que pretendem ganhar dinheiro com anunciantes não deveriam nem mesmo dar opinião sobre qualquer coisa, que dirá falar de política.

Nesse cenário de paranoia e imbecilização coletiva, a geração de influencers do Tiktok vem a calhar. Postam dancinha, postam fotinha e não abrem a boca, o que é excelente para os negócios. Enfim, são genéricos de Luísa Sonza, com a vantagem de que cobram menos para não falar bobagem.

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida." - Maurice Switzer

[¹] Desenrola, bate, joga de ladinho (https://youtu.be/uktcA72lO2g)


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