Revogação Retroativa



Se um homem bêbado tivesse feito sexo oral em Robinho em uma boate na Itália, isso seria considerado estupro? Evidente que não, pois quando um homem mama uma rola, seja ela de menino ou de menina, não é possível desmamar. Não há como reverter o que fincou lá atrás pois há drogas capazes de interferir com a capacidade do indivíduo de tomar decisões, mas álcool, em especial, não é uma delas. 

A albanesa que fez sexo oral em Robinho na boate italiana estava bêbada? Com cerveja. Estava consciente durante o boquete? Com cerveja. Queria fazer o boquete? Com cerveja. Sendo assim, de acordo com o mítico fluxograma de consentimento elaborado pela arquifeminista Giovana Fagundes, que está em consonância com a lei brasileira, o jogador não cometeu crime. Não é o que decidiu o judiciário italiano, que condenou Robinho por estupro de vulnerável em última instância¹ alegando incapacidade de consentimento em razão de intoxicação alcoólica. 

Revogação retroativa de consentimento, que é quando a mulher deseja anular o consentimento após o ato por ter se arrependido do sexo, não é uma modernidade que chegou ao Brasil até o momento, então é importante frisar que ainda é exigido que a mulher brasileira responsabilize-se por aquilo que põe na boca de livre e gulosa vontade. Foi o que aconteceu no recente caso de Mari Ferrer, que se arrependeu do boquete no Café de La Musique e depois quis dar pra trás. De acordo com o advogado de defesa² de André Aranha, o acusado, Ferrer está processando o Café em um milhão, que é bem mais dos que os 372 mil de indenização que a albanesa pediu a Robinho. Além de falsa acusadora, Mari está cobrando acima da tabela. 

O curioso no caso Ferrer é que, logo no início, assim que os videos onde ela aparece subindo uma escada com Aranha no local do incidente, uma manada de zumbis descerebrados afirmou que ela estava bêbada porque outros zumbis na manada mugiram a mesma coisa. Era impossível, entretanto, alguém ter visto uma mulher bêbada nesses videos, pois Ferrer não alegou estar alcoolizada, mas sim sob efeito de uma droga indetectável que fazia com que aparentasse estar normal, enquanto por dentro estava em estado robotizado. A misteriosa droga era tão indetectável que não só não apareceu na perícia, como não foi detectada pela própria Mari, que logo após o boquete não detectou que estava robotizada, enviou vários zaps para as amigas e depois passou a noite piriguetando sozinha como se nada tivesse acontecido.


Mas onde estariam hoje esses zumbis que juraram ter visto Ferrer bêbada nas câmeras de segurança do Café de La Musique? Todos passaram a alucinar em uníssono a aberração jornalística do boquete culposo fabricado pelo Intercept, é claro. Quando você é um zumbi programado para raciocinar por meio de manchetes virais projetadas para fritar seu cérebro, o que mais lhe restaria fazer além de mugir com a manada?

Lembre-se sempre, amiguinhe: quando você começa a detectar coisas indetectáveis porque outros à sua volta estão fazendo o mesmo, essa é a hora de parar com o capim.



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