Luquinhas Furiosos


O Brasil está cheio de Luquinhas, o Nisto linchador que apareceu na minha página para reclamar de linchamento. Como toda feminista, defende falsa acusação, então não só me acusou falsamente de várias coisas, com se autolinchou para forjar provas. Ainda traz reforços para tentar me linchar. Quando esses totós vêm de dois ou três para cima de mim eu acho muita covardia, algo quase desumano. 

Para a coisa ficar justa e equilibrada, tem que ser no mínimo uma matilha organizada de uns vinte totós furiosos dos graduados, com mestrado em au-au da selva e doutorado em lambeção de botinha. Já estou velho, cansado, em fim de carreira, então empalar mais do que vinte desses au-aus peludinhos ao mesmo tempo hoje para mim é difícil. Mel eu ainda tenho, mas é racionado. Tenho que me poupar para aqueles momentos realmente delícia da vida, então vamos a eles.

A mídia oficial também teve seu Luquinhas. Felipe Andreoli foi linchar¹ o Maurício do vôlei para saborear seu momento pato sinalizador de virtude e acabou autolinchado para aprender a não ser pato. Seu Twitter² na década de 2010 está repleto de piadinhas politicamente freelsquinhas. Não apagou essa frescoolra antes de fazer cué cué em rede nacional por quê, posso cué cué? Esse pato aquático, gramático e dramático foi deixar cué cué pra trás justo no Twitter, a rede social dos Luquinhas Furiosos, local onde está rolando a sinistra e furiosa treta. 

Posso saber por que Andreoli já não foi sumariamente demitido por sociopatia? Alguém boicote esse sociopato, pois ele é um perigo para si e os que se envolvem com esse jênio da lâmpida eluminada. Depois eu digo que o Patolino é pato e o pato fica cué cué comigo, quer bater asas, me atirar penas e me dar bicadas. Mas o cué eu fiz de errado? Não falo patolês, então não tenho obrigação de aturar pato, cué cué? Tem uns tipos por aí que são tão patos, mas tão patos, que só o que falta para serem mais patos do que já são é botar ovo. 

Por vezes penso que minha página é um centro de treinamento de patos. Patinhos iniciantes como o Luquinhas hoje pagam mico por aqui. São estagiários ainda, mas no futuro, se pastarem grama o suficiente, fizerem seu curso de au-au da selva e um doutorado em lambeção de botinha, talvez consigam progredir na carreira, virar pato profissional e pagar mico na Rede Bobo. Força, totós! O tio estará ao seu lado nessa jornada de sucesso até o último mico, cué cué?

A desculpa esfarrapada é de que hoje Andreoli está mudado. Esse pato já está botando ovo, só pode. Se Andreoli teve o luxo de aprender algo sem medo de aniquilação pública, por que Maurício não pode usufruir desse direito? Um mundo que se enxerga mais virtuoso do que o passado, segundo meus cálculos, deveria ser mais virtuoso do que o passado, mas não é o caso. A gangue dos Luquinhas Furiosos não é progressista, é regressista, e não honra o ideal europeu Iluminista que nos pariu, dando a luz a um Ocidente plural, onde há igualdade perante a lei, império do Estado de Direito, e cidadãos gozam de garantias individuais, como a da liberdade de expressão e de pensamento. 

Sonham com um retorno à Idade Média, onde pessoas queimavam para satisfazer o sadismo da turba, o simples pensar era crime e culpas extrapolavam o indivíduo, estendendo-se a grupos e linhagens. Seu sadismo é alimentado pela ilusão de que eles são os puros, os que não vão queimar. A razão para Andreoli não ter sido empalado vivo é que aqui não é os EUA, e nossa Salem ainda não está com temperatura de primeiro mundo. Como vemos, os Luquinhas mataram as aulas de História, são néscios em geopolítica atual, e em plena era da Informação vivem em uma bolha de desinformação gritando histericamente que opinião mata para sinalizar virtude. 

Ora, essa é só a sua opinião, Luquinhas. Não só sua opinião é desinformada, como não mata ninguém a não ser de desgosto ou riso. A opinião dos Luquinhas não só não é suportada por nada que possa ser demonstrado com fatos e números, como pode ser desconfirmada por tais coisas, razão pela qual há choro e ranger de dentes toda vez que alguém fala em auditar o descalabro estatístico em que estamos inseridos e tornar público os resultados.

Maurício perguntou onde vamos parar com um Superman bi. Ora, não vamos parar em lugar algum, pois se transformarmos todos os super-heróis em não normativos, o máximo que irá ocorrer é incentivar algum não normativo tímido a sair do armário, já que orientação sexual não é socialmente construída. Ninguém vira hetero porque viu o Superman beijar a Wonder Woman, então não há o que temer. 

E não, não adianta fazer uma Wonder Woman gordopositiva, pois os meninos vão continuar não achando obesidade sexy. Beleza não é socialmente construída, o que significa que também não adianta fazer um Wolverine pançudo e com unha mole, pois as meninas vão continuar a achar um indivíduo desses repelente. Seja lá o que Maurício precisa, é de informação, não punição. Esse é o mesmíssimo direito que Andreoli teve o privilégio de usufruir, também um privilégio que minha geração teve.

Fazer SuperBi nos quadrinhos hoje é fácil. Queria ver fazer isso na década de 1980 sem sofrer graves consequências. Na era das acusações de apropriação cultural, essa geração se apropria da cultura da minha enquanto chuta cachorro morto. Quem matou o rotweiller da fobia homo foram os Gen X. Eu lutei contra essa praga colocando minha reputação na mesa, e hoje tenho que aturar os Luquinhas se achando heróis e me chamando de homofóbico reaça. Os Luquinhas não são heróis, são pulhas covardes sem noção que só têm coragem de latir au-au quando estão em bando linchando indivíduos sem poder, sem voz e sem condições de defesa.

Indivíduos alterando a sexualidade de personagens dos quadrinhos também não são heróis desbravadores lutando pela defesa dos frascos e suprimidos. A razão para ser possível hoje fazer um super-herói não normativo enquanto ganha dinheiro vendendo material encalhado e refurbished ad nauseam, recebe da mídia afagos e posa de justiceiro social, sem nenhum risco e sem nada temer, é porque a minha geração enfrentou riscos reais para fabricar esse mundo fofinho e seguro que temos hoje. O mundo que a minha geração fabricou é o que idiotas úteis usam para fantasiar virtude enquanto chupam o dedão com fim de curar seus gatilhos em seus safe spaces. O que mais poderia se esperar de uma geração demente que surta com micromachismos, microagressões e microviolências? 

Como é possível um SuperBi invulnerável, fofinho e lucrativo se a kryptonita da fobia homo já não está em estágios finais de desativação, com índices irrisórios de radioatividade? Não pergunte isso ao Luquinhas. Ele não sabe responder, portanto vai ficar radioativo, surtar, babar, chorar, perder o controle das funções fisiológicas e sair correndo apavorado latindo caim caim, incel e homofóbico. Só não vai fazer isso caso esteja escondido nas sombras com o fifi na mão e puder incitar a turba para massacrá-lo por seu terrível crime: ter razão. 

Sim, não estou argumentando aqui pelo meu direito de opinião, pois só o que avancei até agora foram argumentos suportados por fatos. Sendo assim, me reservo o direito de limpar a bunda com as opiniões dos Luquinhas. Opinião desinformada suportada por achismo é igual a papel higiênico: só serve para limpar a bunda. Pode latir caim caim o quanto quiser, pois nada muda. Nem uma vírgula vai sair do lugar com sua histeria covarde e suas fantasias alucinatórias de vanguardismo heroico, superioridade moral e intelectual.

Defender frascos e suprimidos recebendo dinheiro e louvores da mídia no contexto social atual é coisa que até eu faço. Como sempre digo, quando eu consigo fazer alguma coisa, qualquer um consegue, então se é possível a mim não ser um idiota útil desinformado, isso está ao alcance de todos. Que Frida nos proteja, agora e na hora de nossa morte por opinião: em nome da Deusa, da Filha, e da Periquita santa, amém.


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