Os Pombinhos

 

Andrea Dworkin e John Stoltenberg são o par de pombinhos na foto. Embora casados, publicamente continuavam a se identificar como lésbica e gay, então o que temos é um casal homoflex fluid semi-binário polidesconstruído, que permaneceu junto de 1998 até 2005, quando a morte de Andrea os separou. Dworkin dispensa apresentações: é a lacraia peluda master das galáxias, a papisa das radfem, a führer das nazis. Se Frida fosse o R2-D2, Dworkin seria Jabba the Hutt, e Stoltenberg o C3-PO fantasiado de princesa Leia. The Force is Radfemale. 

Se você acha que feministos são totós lambe-botinha, é porque nunca viu um radfeministo na vida. É um nível turbo plãs de paralisia mental causada por intoxicação ideológica, mas Stoltenberg não é qualquer radfeministo. Estamos falando do The Ônio, o Totó Alfafa. Esse não pede desculpas por ser homem, ele ajoelha no milho e se pune com chicotinho por ser homem. Autor de clássicos como Recusando-se a ser homem (1989) e O Fim da Masculinidade (1998), John é o ódio a macho encarnado, a coisa em que os capachos pisam.

“Nós precisamos do seu dinheiro; intercurso é frequentemente como nós o conseguimos. Nós precisamos da sua aprovação para sermos capazes de sobreviver na nossa pele: intercurso é frequentemente como nós conseguimos. Eles nos forçam a ser complacentes, nos transformam em parasitas, então nos odeiam por não esquecer. Intercurso é frequentemente como nós aguentamos: me foda.” - Dworkin, Intercurso (1987)

É falsa a acusação de que Dworkin disse que todo sexo é estupro. Tiraram a mulher de contexto. Só o que ela fez foi escrever um livro para dizer que sexo hetero é uma forma de violência contra mulher. Ah, bom. Contextualizando bem, que mal tem. Veja bem, meninas precisam de grana, precisam de aprovação dos machos, mas para conseguir isso elas precisam dar a pepeca. Isso é uma forma de violência, sem falar que quando uma mulher mama o cartão de crédito de um bofe, ela só está mamando porque foi obrigada a ser parasita. Se isso não é violência, o que é violência então? Para suportar tudo isso, medidas drásticas e radicais são necessárias. Sei lá, me come. Só se você me comer gostosinho eu vou conseguir suportar essa opressão toda.

Qualquer semelhança de Dworkin com a mulher moderna não é mera coincidência. A modernete quer pix, sushi, atenção, afeto, quer ser amada, idolatrada, admirada, reverenciada, endeusada, mas e a pepeca? Não, a pepeca não. Ela quer tudo isso de graça e muito mais, mas sem ralar para merecer. Isso é o que faz blue pill no cérebro, a razão pela qual radfems têm aversão a objetificação sexual (da mulher) e pornografia. Pornô é a red pill que radfems não querem engolir, pois ele expõe a verdade nua e crua sobre o que de fato rola nos bastidores, o retrato explícito e não maquiado da nossa natureza animal. 

Pornô na realidade é romantizado, pois na natureza as coisas são bem mais selvagens. O chimpa dominante está na área, olha pro lado, dá uma cheirada na chimpa pra ver se está no ponto, e pá. Não tem xalalá, não tem sushi, não tem beijinho, cafuné nem preliminares, só tem pá, pá, pá e já era. Como podemos ver, romance é a blue pill que estraga as meninas. Crescem achando que homens dão atenção, pagam coisas, carregam peso, matam leão na paulada, movem montanhas e ficam no convés do Titanic para as meninas só porque elas são queridas, virtuosas, cheirosas e merecedoras. Santa inocência, Batgirl. 

Dworkin, tadinha, é uma princesinha desencantada, e nunca conseguiu se desplugar da Matrix. Quando elas não conseguem sobreviver ao programa, o que acontece é isso: viram lacraia, e das peludas. Dizem que esse negócio de feitos um para o outro é uma coisa blue pill, que só existe nas fábulas, mas há controvérsias. Se Lacraia Master & Totó Alfafa não são o par perfeito, o que é o par perfeito então? Contra evidências não há reticências. 

Sem querer bluepillar, mas já bluepillando, devo dizer que sou um romântico incurável. Não é possível que entre bilhões de mulheres no mundo não seja possível encontrar a última figurinha do seu álbum, a sua tara-metade, a rosquinha do seu parafuso. Talvez ela já tenha morrido, ou nem nascido ainda, mas declarar esse ser impossível de existir não é red pill, é black pill. Enfim, a esperança é a última que morre. No fim ela morre, mas é a última.

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