Não Existe Luta Contra a Objetificação Sexual

Não existe luta contra a objetificação sexual da mulher, mas sim uma cruzada para demonizar a sexualidade masculina. O problema com a expressão objetificação sexual usada como pejorativo é que sexualidade é impossível sem objetificação. Não há sexo sem tesão, e não há tesão na inexistência da capacidade de enxergar em alguém um instrumento em condições de satisfazer nosso desejo.  

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Também não há humanidade sem sexualidade. As duas coisas são indissociáveis. Isso é uma verdade biológica, já que somos uma espécie sexuada. Nossa narrativa pessoal, social, cultural, e até mesmo política está intrinsecamente conectada à sexualidade. Tal coisa pode ser trivialmente demonstrada pela maneira como mulheres politizam o próprio corpo. 

A agenda padrão para o momento é dar a mulheres o grau máximo de liberdade sexual enquanto restringe progressivamente a expressão sexual masculina. O objetivo parece ser o de remover o que for possível de liberdade de homens antes do nível da castração completa. Qualquer coisa além disso vai destruir a vida sexual das mulheres, já que homens são seu objeto sexual. Homens sem libido e sem agência tem menos apelo sexual para elas que uma pia de louça suja.

Possivelmente a evidência mais forte desse processo são mulheres obesas e trans. Homens não só estão totalmente livres para objetificar esses grupos, como são inferiorizados quando se negam a fazê-lo. É um ardil, obviamente. A manobra só serve ao segundo propósito, já que esses não são os objetos sexuais padrão do homem heterossexual. Ser premiado com a liberdade para fazer o que você não quer combinado com penalidade por não fazê-lo parece o tipo de perversão que somente alguém como o Marquês de Sade seria capaz de arquitetar, entretanto, isso é o que se entende como ético e socialmente recomendável hoje.

Homens gays estão livres para objetificar outros homens. Lésbicas estão livres para objetificar mulheres. Mulheres estão livres para objetificar homens. A expressão sexual desses grupos é celebrada, até porque interferir é violar a identidade desses indivíduos. O quadro muda, entretanto, quando falamos de homens heterossexuais. A expressão sexual masculina segue a passos largos para a criminalização completa. Objetificar mulheres, algo que é irrefreável e inato para homens heterossexuais, é um ataque a todos os indivíduos do sexo feminino. 

Quando aquilo que você é e não pode deixar de ser passa a ser um ataque ao outro, algo tóxico e imoral, só há duas conclusões possíveis: ou você é um monstro, ou está sendo alvo de preconceito. Se você se permitir raciocinar um pouco, vai entender por que a primeira alternativa é só a segunda disfarçada.

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