O Crítico Social Foda


Sou do tempo do crítico social foda. O cara ia lá, fazia uma crítica social foda sobre o quanto a sociedade fodida nos fodia, e aquilo era muito foda. Não mudava porra nenhuma, pois terminávamos todos fodidos e mal pagos igual, mas foda é assim mesmo. O objetivo é foder, não gerar receita. O crítico social foda sofreu um upgrade, e foi substituído hoje pelo crítico social tapado, que é basicamente um lacrador descerebrado com síndrome de Dunning-Kruger que é tapado demais para entender o quanto é tapado. Assim como o crítico social foda, seu objetivo não é mudar as coisas, e sim deixar que as pessoas continuem tão tapadas quanto eram antes, se possível ainda mais tapadas, já que só indivíduos mais tapados que o crítico social tapado são tapados o suficiente para continuar dando corda para críticos sociais tapados.

Na imagem temos a clássica e tapada tentativa de fazer crítica social tapada com a objetificação sexual feminina no cinema com uma inversão de papéis, onde há uma mulher destemida e um homem objetificado. Essa imagem é o jogo tapado do um zilhão de erros, mas vamos imaginar a seguinte cena, amiguinhos: o homem feminista, que acha que essa cena de crítica social tapada fás centido, copia a roupa do bofe princeso pois imagina que esse modelito de Leio Skywalker com coleira rebitada é o que vai transformá-lo no objeto sexual da mulher hetero, e resolve sair na noite para apavorar as menininhas.

Modelito Leio Skywalker é o que supostamente homens têm que vestir para deixar mulheres de calcinha molhada, alucinadas para colocar a mão no seu piu-piu, levar você para o motel e abandoná-lo sem dó nem piedade no outro dia pois você era só um item de consumo, um objeto a serviço das taras e perversões libidinosas da mulher hetero opressora. Na festa o princeso Leio pede um Martini 007 style, batido, não mexido, e fica no meio do salão fazendo pose de bofe em perigo, carente de uma mulher destemida e segura de si, enquanto pensa estar incorporando o arquétipo do man sex power, o macho alfafa piriguete objetão crocante pelo qual toda mulher suspira. No final da noite vai se perguntar porque não foi assediado por nenhuma mulher forte e independente que queria oprimir seu piu-piu em troca de Martinis grátis e usar seu corpinho como um pedaço de carne sem agência que não tem nem mesmo o direito de dizer não.

Foda. Muito foda o grau de demência intelectual do homem feministo, mas aguardem pois a demência dessa foto de crítica social tapada é mais tapada que isso. Dá um scan foda no look tapado dessa Hanna Solo, que deveria fazer o papel do não objetificado. Han Solo, que eu saiba, não usa camisetinha mamãe tô fácil que expõe a barriguinha sexy. Seu colete não é reduzido com fim de desobstruir a visão do material a ser mostrado, nem recortado para valorizar as linhas do tórax delícia. A calça não é uma malha colante com pressão em áreas estratégicas para ressaltar o capô de fusca, engostosar o popô e delinear as curvas características do seu corpo não objeto. Como sabemos, o importante não são as curvas, e sim sua personalidade. Quanto mais pele e curvas a mulher empoleirada e independente puder expor, mais da sua personalidade forte fica em evidência.

Por Zeus, é muita demência em uma foto só. Para homem feminista, a única solução é internar, porque mais retardado que isso não fica. Lembre-se, amiguinho: achar que o que essa Hanna Solo com look de mercenária piriguete tá sinalizando que precisa é de um Jedi másculo, forçudão com a Força e com sabre de luz gostoso, que a salve do princeso desconstruído ao lado é inevitável, mas ser tapado é totalmente opcional.

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