Casamento Russel

De acordo com Bertrand Russel, o casamento é para as mulheres a forma mais comum de se manterem, e a quantidade de relações sexuais indesejadas que as mulheres têm que suportar é, provavelmente, maior no casamento do que na prostituição. A afirmação de Russel têm duplo sentido, e pode perfeitamente ser entendido que ele está descrevendo o casamento como um contrato de prostituição sancionado pelo Estado. 

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Seja como for, a quantidade de sexo não desejado que homens tem que suportar não parece fazer parte da equação, já que o marido é o cliente, e a mulher, a fornecedora de sexo. Ao menos prostitutas sempre entregam o sexo contratado em troca do valor estabelecido, o que não ocorre no casamento. Se casamento for uma contrato de prostituição, então é um contrato de venda de sexo onde é autorizado à contratada não entregar o produto pelo qual o cliente está pagando, então o que temos é que o lesado, pra variar, e só para variar, é o homem. 

Na realidade a única maneira de prosseguir com essas considerações éticas sobre sexo é admitir a priori precisamente o que se pretende negar, que sexo é mercadoria que mulher entrega em troca de algo. O sexo que o homem fornece não tem valor, já que ele não fornece nada, apenas consome. Uma vez eliminado esse raciocínio a priori do consumidor-fornecedora, pouquíssima coisa do que é entendido na cultura sobre a arena sexual faz qualquer sentido. 

Ironicamente, nunca vi mulher tratando o sexo que obtém de homens como coisa sem valor. Querem teatralidade, investimentos financeiros, performance e orgasmos. Tratam homens como um prestador de serviço, mas comportam-se como mercadoria, algo que homens estão adquirindo em troca de preços imaginários, difusos e imprecisos que existem somente na cabeça das mulheres. O que temos aqui é um bis in idem. Mulheres exigem um serviço e ainda querem ser remuneradas por ele, seja de forma afetiva ou material, além de também se reservarem ao direito de sentirem-se lesadas caso o serviço não seja prestado de acordo com suas discricionárias e irreais expectativas.

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