O Escritor

Ainda pensando no estupro imaginário de Juliana Lomann no apartamento do diretor. A coisa toda aconteceu na cabeça dela, já que era só travar o pé e dar no pé. Ao invés de dar no pé deu outra coisa pois ficou de paranoia. Fantasiou que o diretor iria retaliar, coisa que ele nem mesmo verbalizou, mas vamos supor que era isso que iria acontecer. Deixa eu pensar... entre ser violentado e perder um papel, hummm… decisão difícil. Não sei o que faria na situação dela. O furico ou o papel? Sei lá. É complicado decidir sem mais dados. Tinha que olhar o tamanho do script antes pra calcular qual das peças eu vou decorar é a menor. Tira pra fora e mostra aí, mano. Quero ver o calibre da encrenca em que eu vou me meter, digo, a encrenca que você vai me meter. Sei lá, vai que eu me encanto pelo papel. A profissão de ator exige que você seja capaz de incorporar muitos personagens, ter vários por dentro. 

Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

A Jú já estava com dezoito, então já deveria saber a única coisa que mulheres precisam saber para se defender na vida: homens sempre querem te comer. SEMPRE. Por trás daquelas gentilezas e cavalheirismos inocentes há sempre um indivíduo engatilhado esperando por um rastro de chance de que vai rolar. É só dar sinal verde que eles avançam. Mulheres não entendem isso nos homens. Não entendem porque não precisam fazer força pra arranjar alguém oferecendo sexo grátis, então não precisam andar por aí o tempo inteiro pensando onde está o próximo alvo. A maioria dos homens vive engatilhado para o que der e vier e ainda assim fica no prejuízo. 

Não tem essa de hoje estou com dor de cabeça, estou de TPM, não é o momento certo, não é a pessoa certa, meu fifi tá cocô, essas coisas que povoam o titubeante cérebro sexual feminino. Para homens, quando a chance se apresenta, eles tem que se apresentar. Sabe-se lá quando é que vai cair alguma coisa mortinha e embalada pra presente na sua frente outra vez. Pode ser amanhã, na outra semana, talvez ano que vem. Para alguns vai rolar só na próxima década. Difíssil, mano. Páreo Druryssimo, então se o cara quer comer alguma coisa regularmente sem pagar, não pode comer mosca um segundo.

Jú também já deveria conhecer a frase mágica: "vamos lá no meu apartamento". Qualquer mulher com meia dúzia de quilômetros rodados já está careca de saber que essa é a senha para “quero te comer”, então ao ir no apartamento do cara o consentimento para sexo já foi dado. Claro que consentimento pode ser revogado a qualquer momento, mas o sinal verde você já deu, então tem que saber que o bofe no AP vai se sentir autorizado a avançar o sinal. O que mulheres não sabem é que é possível inclusive prever a performance sexual dos bofes com base no que eles dizem que vão fazer no apartamento. Vejamos:

Vamos lá no meu AP revisar o script

Homem bruto, afobado, não está muito preocupado com o que você está sentindo. Aceite só se precisar muito do papel.

Vamos lá no meu AP ver episódios antigos de Star Trek

Nerd já sabemos como é. Só na punheta, não come ninguém. É virjão ou ejaculador precoce.

Vamos lá no meu AP ouvir meus vinis

Performance alternativa, toca música com agulhinha. É um saudosista, mas não vai deixar saudade.

Vamos lá no meu AP conhecer minha adega de vinhos premiados

Sofisticado, papo interessante, mas manguaceiro. Meia-bomba, meio borrachudo, mas bom de língua.

Vamos lá no meu AP ler os textões que eu publico no meu blog

Um verdadeiro sex machine. Espetacular. Fecha o olho, entrega a alma pra Frida e vai porque o corpinho tá salvo.

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